Maia afirma que governo irá pagar conta com sua popularidade se prorrogar auxílio
Políticos articulam para prorrogar estado de calamidade pública, mas Maia nega possibilidade
Neste sábado (17), Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, afirmou que se o governo prorrogar o auxílio emergencial para depois de 2020, irá “pagar a conta com sua popularidade”. O governo pretende terminar o pagamento para todos os beneficiários do auxílio em dezembro. Por isso, nem todos terão direito às quatro parcelas de R$ 300 da prorrogação.
A declaração de Rodrigo Maia foi feita enquanto políticos de Brasília se articulam para que o estado de calamidade pública do país seja estendido. Inicialmente, o estado de calamidade pública vai até 31 de dezembro de 2020. Políticos desejam uma extensão por mais três meses.
Se o estado de calamidade pública for prorrogado, haverá espaço para que benefícios da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Orçamento de Guerra também sejam estendidos por mais três meses.
De acordo com Rodrigo Maia, entretanto, essa possibilidade “não existe”. O presidente da Câmara defendeu também a manutenção do teto de gastos, que é o limite de despesas do governo, calculada com o orçamento do ano anterior e a inflação do período.
“Quando aprovamos PEC da Guerra, contratamos o período para despesas extraordinárias. Isso está dado. A Câmara não vai votar a prorrogação do estado de calamidade, porque não vê necessidade”, afirmou Maia.