O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Pt) disse durante live nesta terça-feira (26) que vai criar um projeto para levar internet para escolas que ainda não possuem este tipo de conexão. Ele deu esta declaração durante a realização da sua live semanal. O ministro da educação, Camilo Santana (PT), estava ao lado do petista no momento do anúncio.
“Nós temos hoje a assinatura do decreto que institui a Estratégia Nacional de Escolas Conectadas, ou seja, nós vamos conectar 138.400 escolas neste país. Até 2026, a gente vai deixar toda a nossa meninada altamente conectada com wifi e tudo mais que for necessário”, disse o presidente durante a live desta terça-feira (26).
Para o ministro Camilo Santana, a estratégia do projeto é definir uma implantação de banda larga em todas as escolas que ainda não contam com esta conectividade. O parâmetro de instalação precisará garantir um nível de mil megabytes por aluno. Para o ministro, este é o patamar necessário para se garantir os fins pedagógicos.
Na mesma live, o presidente Lula disse que também vai trabalhar para colocar as mudanças climáticas no currículo dos estudantes do país. Segundo ele, ao inserir a internet nas escolas, estes estudos se tornariam ainda mais completos.
“A gente tem visto a temperatura mudar. Faz frio onde só fazia calor. Chove onde não chovia. Faz calor onde só fazia frio. Ou seja, o planeta está nos dando um alerta. Se na nossa idade, a gente não aprendeu a cuidar do clima, é importante que, através da escola, a gente prepare as crianças e os adolescentes para educar os pais”, disse.
“Temos que colocar e, via internet, é muito mais fácil fazer um currículo desse”, completou o presidente.
Mas afinal de contas, as escolas brasileiras já contam conexão com internet? De acordo com um estudo feito pelo Cetic-BR, centro ligado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil, cerca de 94% das instituições de ensino do Brasil já possuem este tipo de conexão, mas apenas 58% delas contam com dispositivos para o uso desta conectividade dos alunos, como computadores e tablets.
Ainda segundo o levantamento, mais de 60% dos professores afirmam ter apoiado os alunos no enfrentamento a situações como o uso excessivo de jogos, discriminação e assédio online. E para 75% desses educadores, a falta de um curso específico dificulta a adoção de tecnologias digitais na sala de aula.
A pesquisa em questão foi divulgada nesta segunda-feira (26) e levou em consideração os dados presentes de quase 1,4 mil escolas públicas e privadas em todo o país.
Nesta semana, o governo federal deverá bater o martelo sobre o valor da bolsa para os estudantes em situação de vulnerabilidade social que estão cursando o ensino médio.
Até aqui, o que se sabe é que existem duas possibilidades mais claras:
Outro ponto que também precisa ser definido pelo governo é o público que vai receber este saldo. Há quem defenda, por exemplo, que a bolsa seja paga apenas paras os usuários do programa Bolsa Família. Outros afirmam que o ideal é atingir todas as pessoas que estão no Cadastro Único do governo federal.
Seja qual for o valor que vai ser indicado pelo ministério da educação, o fato é que ele ainda vai precisar passar pelas análises do congresso nacional. A ideia do governo é enviar um projeto de lei ao poder legislativo, onde vai poder ser debatido no Senado Federal e também na Câmara dos Deputados.
“Nós vamos encaminhar o projeto de lei ainda esse ano, se der tempo até o final de setembro ou início de outubro, para o Congresso Nacional analisar. A ideia é que a partir do primeiro ano ele receba mensalmente, outra parte ele recebe apenas na conclusão do curso. Quem entrar ano que vem já vai estar contemplado pelo programa”, disse Santana em entrevista ao jornal Correio Braziliense.