De acordo com dados divulgados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), os preços médios do etanol, gasolina comum e gasolina aditivada subiram nos estabelecimentos em todo o território brasileiro. O óleo diesel, diesel S10 e GNV (gás natural veicular) tiveram redução de preço.
Essa elevação nos preços dos combustíveis vem ocorrendo em sequência nas últimas semanas, pesando no bolso dos motoristas de todo o país. Alguns dos fatores relacionados a isso incluem oscilações no valor do petróleo no mercado internacional, a variação cambial e fatores tributários. A alta nos preços afeta diretamente o bolso do consumidor brasileiro, que já enfrenta dificuldades devido à crise econômica e ao alto índice de inflação.
O etanol apresentou o maior aumento: custava, em média, R$ 4,10 no país e passou para R$ 4,15, entre os dias 30 de abril e 6 de maio — uma alta de 1,22%. Os valores da gasolina comum e da gasolina aditivada também seguiram a mesma trajetória, com a primeira aumentando 0,18% em seu preço médio e a segunda, 0,35%.
Para o consumidor, é importante sempre realizar uma pesquisa de preços antes de abastecer o veículo, já que podem ocorrer variações significativas entre diferentes postos de combustíveis. Além disso, é fundamental ter atenção aos hábitos de uso do carro para diminuir o consumo de combustível e adotar medidas como a manutenção preventiva e dirigir de maneira consciente.
O governo do presidente Lula ainda não definiu como irá cumprir uma de suas promessas de campanha, que é a de “abrasileirar” o preço dos combustíveis no país. Passados os primeiros quatro meses de seu mandato, a expectativa é que ocorra uma mudança na política de preços da Petrobras, a qual atualmente é baseada na paridade internacional.
Por enquanto, o preço da gasolina já subiu 12% em 2023. A questão voltou ao debate público quando o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a Petrobras iria alterar os preços, mas a empresa desmentiu a informação logo em seguida.
Já em relação às unidades federativas (UFs), o preço da gasolina subiu em 15 delas. Os principais destaques foram Alagoas e Amazonas, onde os preços saltaram 5,18% e 4,94%, respectivamente. As altas de 28 e 31 centavos superaram em cerca de dez vezes a variação nacional, que foi de três centavos em abril.
Outros estados que também tiveram avanços expressivos no mês foram Tocantins (+2,64%), Santa Catarina (+2,00%), Mato Grosso do Sul (+1,75%), Acre (+1,50%), Rio de Janeiro (+1,45%) e Minas Gerais (+1,14%). Os demais avanços não superaram 1,00%.
Por outro lado, o combustível ficou mais barato em nove UFs, aliviando o bolso dos motoristas. Os destaques foram Rio Grande do Norte (-2,21%), Sergipe (-2,20%), Rio Grande do Sul (-1,85%) e Pernambuco (-1,67%), onde as quedas oscilaram entre 13 e nove centavos. Os outros recuos foram mais tímidos.
Em três UFs, o valor médio da gasolina se manteve estável: Distrito Federal, Rondônia e Roraima. Na última semana de abril, os estados que comercializaram a gasolina com os maiores preços médios do país foram:
Ou seja, os estados da região Norte tiveram os maiores preços do país. Isso explica a posição da região no ranking nacional, figurando no primeiro lugar da lista.
O GLP (gás liquefeito de petróleo), conhecido como gás de cozinha, também sofreu um reajuste em seu valor. Subiu 0,55%, passando de R$ 107,54 para R$ 108,13, o valor médio do botijão de 13 kg. O aumento do preço do GLP impacta diretamente na vida de milhões de brasileiros, que dependem desse produto para utilidades domésticas como cozinhar e aquecer água.
No levantamento da ANP por estados, os preços mais altos do país foram encontrados em Roraima para vários combustíveis, como etanol, gasolina comum, gasolina aditivada, GLP e diesel S10. Em relação ao GNV e ao diesel, Roraima não lidera os preços mais caros, ficando atrás de Santa Catarina e Acre, respectivamente.
Para acompanhar a evolução dos preços dos combustíveis e buscar alternativas para diminuir o impacto no orçamento, o consumidor pode ficar atento às informações divulgadas aqui no Notícias Concursos, pela ANP e também aplicativos que comparam os valores dos produtos em diferentes estabelecimentos.