A Lotex, famosa “raspadinha” finalmente tem o aval oficial para ter o retorno às loterias. Em dezembro, a autorização foi publicada no Diário Oficial da União, em esforços conjuntos da Caixa Econômica Federal e do Ministério da Fazenda.
A popular raspadinha, teve o documento sobre suas diretrizes assinado no fim de agosto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com isso, houve brechas para que o formato da Lotex fosse reformulado e melhorado para a população.
História da raspadinha
As raspadinhas têm sua origem no Brasil datada de 1990. Elas eram “bilhetes” que permitiam aos participantes descobrir imediatamente se haviam ganhado um prêmio ao remover as áreas designadas.
Entretanto, em 2015, a modalidade foi interrompida por conta de uma decisão tomada pelo Ministério da Fazenda. Mas, uma legislação deu vida à Lotex novamente, redesenhando o formato do jogo.
A implementação definitiva ocorreu apenas em 2018, quando as apostas foram adaptadas para versões físicas ou digitais. Então, uma licitação foi proposta, mas a companhia selecionada optou por não lançar a nova modalidade lotérica devido aos elevados custos operacionais.
Isso se deu durante o governo de Jair Bolsonaro, quando foram feitas duas tentativas sem sucesso de transferir a raspadinha para empreendimentos privados. Agora, a Caixa está autorizada a comercializar durante um ciclo de 24 meses, independentemente de serem versões físicas ou eletrônicas. Portanto, a expectativa é que as vendas se iniciem nos próximos meses.
Como a Lotex funcionará?
O modelo de jogo lotérico oferecerá, como antes, a particularidade de apresentar resultados instantâneos para os apostadores. Ao arranhar as áreas ocultas da Lotex, que incluem sequências numéricas, ícones ou símbolos, o participante pode identificar se o documento contém um prêmio ou não.
No âmbito da raspadinha, comumente, a cada conjunto de 5 bilhetes produzidos, ao menos um deles deve deter um prêmio. Assim, o montante será no mínimo igual ao custo original pago pelo jogador. A quantia reservada para os prêmios provavelmente representará 42% do montante total de receitas geradas pela atividade lotérica.
Como este tipo de jogo oferece resultados na hora, ganhou antes e com certeza ganhará agora um grande destaque. Afinal, sua natureza é descomplicada que, em conjunto com a ansiedade associada à revelação imediata da premiação, é sucesso na certa.
A determinação de reestabelecer este formato de jogo lotérico por parte da Caixa Econômica Federal parece estar alinhada com a intenção de explorar novas alternativas de diversão. Portanto, todo mundo obterá vantagens e, possivelmente, lucros.
É possível que o Governo Federal, com a volta da raspadinha, arrecade até R$ 3 bilhões por ano. No momento, o governo se esforça para aumentar as arrecadações da União a fim de cumprir com as metas estabelecidas para 2024. O retorno da Lotex pode ser uma promissora notícia para todos.
Divisão das receitas da raspadinha
Ademais, quanto à divisão da receita das raspadinhas, o decreto do presidente Lula estabelece as seguintes alocações:
- 0,4% para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS);
- 0,9% para o Ministério do Esporte;
- 0,9% para o Fundo Nacional de Cultura;
- 1,5% para entidades esportivas que optarem pela concessão dos direitos de uso de suas marcas para as apostas;
- 13% para o Fundo Nacional de Segurança Pública;
- 18,3% para gastos com o custo de manutenção desse tipo de loteria;
- 65% para o pagamento de prêmios aos consumidores e a contribuição ao Imposto de Renda.