Talvez você não saiba, mas aquela moeda de 25 centavos que você pegou no troco nessa semana pode valer muito mais do que simplesmente 25 centavos. E quem fala isso são os especialistas na área da numismática, a ciência que estuda as moedas raras no Brasil.
Segundo esses especialistas, o país conta atualmente com dezenas de milhares de moedas de 25 centavos que podem valer muito dinheiro no final das contas. Nesse artigo, por exemplo, vamos citar alguns dos exemplos mais famosos entre os colecionadores. São eles:
- Moeda de 25 centavos do ano de 1998;
- Moeda de 25 centavos do ano de 1999;
- Moeda de 25 centavos do ano de 2001;
- Moeda de 25 centavos do ano de 2002;
- Moeda de 25 centavos do ano de 2003;
- Moeda de 25 centavos do ano de 2004;
- Moeda de 25 centavos do ano de 2005;
- Moeda de 25 centavos do ano de 2006;
- Moeda de 25 centavos do ano de 2008;
- Moeda de 25 centavos do ano de 2009;
- Moeda de 25 centavos do ano de 2010.
Todas essas moedas fazem parte da chamada segunda família do Plano Real, e podem ser encontradas a qualquer momento em um trocado no comércio, já que ainda possuem valor monetário.
Características das moedas
Mas antes de falarmos sobre os valores dessas peças, vamos nos ater as principais características de cada uma delas. Na lista abaixo, essas indicações estarão mais claras. Tais informações foram divulgadas pelo Banco Central (BC).
- Material: bronze sobre aço;
- Diâmetro: 25,0 mm;
- Peso: 7,55 g;
- Espessura: 2,25 mm;
- Bordo: serrilhado;
- Eixo: reverso moeda (EH) ?;
- Circulação: de 01/07/1998 a atual;
- Desenho do Anverso: Efígie de Manuel Deodoro da Fonseca (1827-1892), – proclamador da República e primeiro presidente constitucional do Brasil republicano -, ladeada pelas Armas Nacionais e pelo dístico Brasil;
- Desenho do Reverso: À esquerda, linhas diagonais de fundo dão destaque ao dístico correspondente ao valor facial, seguido dos dísticos centavos e o correspondente ao ano de cunhagem.
Manuel Deodoro da Fonseca
Como visto na lista acima, a peça de 25 centavos conta com a representação do busto de Manuel Deodoro da Fonseca. Ele teve uma vasta carreira no mundo militar, mas ficou conhecido mesmo por ter sido o primeiro presidente da história do Brasil.
Neste sentido, cabe destacar que ele teve um papel muito importante no golpe militar que acabou com a monarquia no país, e que impôs a república, forma de governo que é seguida pelo país até hoje. Deodoro da Fonseca morreu no dia 23 de agosto de 1892, na cidade do Rio de Janeiro, então capital do país.
Valores das moedas
Agora, vamos nos debruçar sobre os valores das moedas de 25 centavos citadas nesse artigo. Mas antes de mais nada, é importante lembrar que nem todas as peças podem ser consideradas raras.
Para que a moeda de 25 centavos seja considerada valiosa, e seja vendida por mais de R$ 100, é preciso que ela conte com um erro conhecido no meio da numismática como REVERSO INVERTIDO.
Na imagem abaixo, você pode conferir os valores projetados para as moedas de 25 centavos com o reverso invertido de acordo com os catálogos numismáticos mais atualizados
O que é uma moeda reverso invertido?
Mas afinal de contas, o que seria uma moeda com reverso invertido? Para entender esta pergunta, é necessário sabe que o Brasil adota um sistema de padrão reverso moeda, ou seja, eixo horizontal (EH). As moedas que fogem deste padrão exigido são conhecidas como reverso invertido, e são consideradas muito raras.
Basicamente, as moedas com reverso invertido são aquelas que possuem o reverso com alinhamento contrário ou invertido ao alinhamento original. Na prática, para saber se uma moeda tem este defeito, basta segurar a peça com a face em posição normal virada para você. Logo depois, basta girar de baixo para cima.
Se o outro lado estiver de cabeça para baixo, estamos falando de uma moeda com reverso invertido, ou seja, uma peça valiosa. Vale frisar que qualquer item pode ser reverso invertido. Até mesmo centavos podem ter este tipo de defeito. Em todos os casos, a peça poderá valer mais.
“Mas definir valor comercial à essas moedas é algo relativamente complicado, principalmente porque, como foram produzidas como erros durante o processo de cunhagem, não há registros da quantidade de moedas emitidas”, diz o especialista Plínio Pierry.