A língua portuguesa é rica e complexa, repleta de regras gramaticais que regem a forma como as palavras e frases devem ser construídas para garantir a clareza e a correção da comunicação escrita e falada. No entanto, os erros de concordância continuam a ser uma das áreas mais frequentemente negligenciadas por falantes e escritores.
Este artigo busca destacar e analisar alguns dos principais erros de concordância que são comuns na língua portuguesa, aprofundando-se em suas causas e fornecendo exemplos ilustrativos.
Vale ressaltar que as situações linguísticas aqui apresentadas são erros do ponto de vista da gramática normativa do português. Portanto, devem ser evitados em contextos formais, especialmente em provas de concursos e vestibulares.
Erro de Concordância Nominal
Concordância com núcleo no plural e adjetivo no singular
Em primeiro lugar apresentamos um dos erros mais comuns presentes em conversas informais. Esse erro ocorre quando um adjetivo concorda em número com o núcleo errado na frase. Por exemplo:
- Incorreto: Os livro estão interessante.
- Correto: Os livros estão interessantes.
Neste caso, o adjetivo “interessantes” deve concordar com o substantivo “livros,” que está no plural.
Concordância com núcleo no singular e adjetivo no plural
Este erro ocorre quando o adjetivo concorda em número com o núcleo incorretamente. Veja os exemplos:
- Incorreto: A casa são grande.
- Correto: A casa é grande.
- Incorreto: A flor são bonitas.
- Correto: A flor é bonita.
Na primeira frase, o adjetivo “grande” deve concordar com o substantivo “casa,” que está no singular, enquanto na segunda frase o adjetivo “bonita” deve concordar com “flor”.
Erro de Concordância Verbal
Concordância com sujeito composto
Um erro comum de concordância verbal ocorre quando um verbo é conjugado de forma incorreta em relação a um sujeito composto. Por exemplo:
- Incorreto: Ele e ela foi ao cinema.
- Correto: Ele e ela foram ao cinema.
- Incorreto: O gato e o cachorro briga o tempo todo.
- Correto: O gato e o cachorro brigam o tempo todo.
Nas frases acima, o verbo “foi” “brigar” devem ser flexionados para o plural, concordando com os respectivos sujeitos compostos “ele e ela” e “o gato e o cachorro”.
Concordância com expressões partitivas
Outro erro frequente ocorre quando um verbo não concorda devidamente com uma expressão partitiva que indica parte de um todo. Veja o exemplo:
- Incorreto: A maioria dos estudantes está insatisfeito.
- Correto: A maioria dos estudantes está insatisfeita.
Neste caso, o verbo “está” deve concordar com “maioria,” que é o termo principal da expressão partitiva. Veja outro exemplo a seguir:
- Incorreto: Uma porção dos alunos estão atrasados.
- Correto: Uma porção dos alunos está atrasada.
Como evitar os Erros de Concordância?
Os erros de concordância são frequentemente causados por uma série de fatores, incluindo falta de conhecimento das regras gramaticais, desatenção ao escrever, influência de construções erradas ou simplificações no discurso oral.
A concordância exige atenção cuidadosa aos detalhes, uma compreensão sólida das regras gramaticais e prática na aplicação dessas regras. Portanto, os estudantes que estão em fase de preparação para o vestibular ou concursos devem estudar as regras a partir de uma boa gramática da língua portuguesa do tipo normativa.
Para evitar esses erros, é aconselhável estudar as regras de concordância nominal e verbal, praticar a escrita e a revisão cuidadosa e, principalmente, buscar orientação quando necessário. Além disso, o estudante pode focar nos tópicos gramaticais mais cobrados pela a banca responsável pelo processo seletivo em questão. Nesse sentido, o ideal é responder as questões sobre a gramática do português que caíram em provas anteriores.
A atenção aos detalhes e o comprometimento com a correção gramatical são fundamentais para uma comunicação eficaz na língua portuguesa.
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