Líder do Governo diz que programa Bolsa Família era “clientelismo”

Líder do Governo diz que programa Bolsa Família era “clientelismo”

De acordo com o Deputado Federal, Ricardo Barros (PP-PR), antigo Bolsa Família seria uma espécie de “clientelismo do Governo”

O líder do Governo na Câmara, Deputado Ricardo Barros (PP-PR), criticou nesta terça-feira (9) o antigo Bolsa Família. O programa em questão chegou ao fim oficialmente no último domingo (7) com a revogação provocada pela Medida Provisória (MP) que cria o Auxílio Brasil, o benefício que vai ficar no lugar.

De acordo com o Barros, os dois programas são muito diferentes. Ele disse que o projeto que vai começar a ser pago agora em novembro tem como foco a emancipação das pessoas. Nesse sentido, ele argumentou que o antigo Bolsa Família seria uma espécie de “clientelismo dos governos anteriores”.

“O que o Auxílio Brasil quer é que depois de um tempo não se precise mais do governo, o Bolsa Família era clientelismo do governo”, disse o Deputado Ricardo Barros, em entrevista para a emissora GloboNews. De acordo com ele, o novo benefício vai permitir que as pessoas saiam do projeto para procurar emprego.

Na mesma entrevista em questão, Barros criticou membros da oposição. De acordo com ele, políticos de esquerda estariam se recusando a votar a PEC dos Precatórios. Segundo o Ministro da Economia, Paulo Guedes, a aprovação desse texto garantiria o aumento do valor do Auxílio Brasil para a casa dos R$ 400.

“A democracia é assim: toda vez que a oposição perde, ela tenta criar um terceiro turno. Querem votar contra os R$ 400 de auxílio, contra socorrer os mais pobres, contra a rampa de ascensão social”, disse ele sem citar nomes. A grande maioria dos partidos de oposição votaram contra a PEC dos Precatórios.

O que diz a esquerda

Partidos de esquerda como PT e PSOL votaram integralmente contra a PEC dos Precatórios. Eles argumentam que não são contra o aumento no valor do Auxílio Brasil para a casa dos R$ 400. Pelo menos essa é a ideia.

De acordo com parlamentares dos dois partidos, a opção por não votar pela PEC acontece porque eles não concordam com o texto em si. Eles dizem, entre outras coisas, que isso poderia liberar mais dinheiro para pagar aos deputados da base governista.

Mas não foram só os partidos de esquerda que votaram contra a PEC dos Precatórios. O NOVO, que se enxerga como sigla de direita, também votou integralmente contra o texto. Eles dizem que esse documento seria uma espécie de calote nas contas públicas.

Auxílio Brasil

O plano do Governo Federal é começar os pagamentos do Auxílio Brasil já no próximo dia 17 deste mês de novembro. A ideia é fazer os primeiros repasses apenas para as pessoas que já estavam no Bolsa Família no último mês de outubro.

O primeiro pagamento também não será turbinado. No entanto, ele já irá com um reajuste de 17,8%. Isso significa dizer, portanto, que o valor do benefício vai subir de uma média de R$ 189 para algo em torno de R$ 217.

O aumento para a casa dos R$ 400, como vinha prometendo o Governo Federal, só deve acontecer a partir do próximo mês de dezembro. E mesmo assim, ele só será confirmado justamente depois da aprovação da PEC dos Precatórios que segue em tramitação no Congresso Nacional.

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