Nesta segunda-feira (22), os juros futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) fecharam em alta. As taxas mais longas aumentaram como um reflexo da má percepção de risco de agentes financeiros. O movimento aconteceu após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) interferir na Petrobras e por causa da possibilidade que ele levantou de interferir em outros setores econômicos, como o elétrico.
A alta dos juros das T-notes de 10 anos de mais de 1,3% também significou um guia adicional para as taxas, especialmente as de maior prato, que estavam em mais de 20 pontos-base, mas subiram para mais de 30.
A sessão desta segunda-feira (22) chegou ao fim às 16h. No fim da sessão, as taxas de DI para janeiro do ano que vem subiram de 3,44% para 3,51%. E as taxas do DI para janeiro de 2023 aumentaram de 5,14% para 5,29%. Para janeiro de 2025, as taxas do DI foram de 6,72% para 6,93%. E para janeiro de 2027, essas taxas subiram de 7,37% para 7,58%.
Bolsonaro indicou um general para a presidência da Petrobras para substituir Roberto Castello Branco. Na manhã de hoje, após a interferência do presidente, os recibos de depósito da Petrobras caíram mais de 14%. De acordo com o portal Valor Econômico, rejeitar o nome de Silva e Luna pode criar uma crise com a União mais traumática.
De acordo com o Valor Econômico, após o presidente afirmar que vai “meter o dedo” na energia, o “efeito dominó” põe em dúvida até mesmo a permanência de Paulo Guedes no Ministério da Economia. André Machado, sócio fundador do Projeto Os 10%, escola de traders, acredita que as mudanças desconsideram totalmente qualquer agenda liberal para o restante de seu mandato.