Invasões holandesas: Causas e contexto histórico
O tema pode ser cobrado no Enem e em vestibulares
As Invasões Holandesas no Brasil ocorreram no século XVII. Começaram em 1624, na Bahia, posteriormente em Pernambuco em 1630, e por fim no Maranhão, em 1641.
Assim sendo, a República das Províncias Unidas (Holanda) tinham como finalidade possuir o controle sobre o comércio de açúcar na região Nordeste.
Os holandeses enfrentaram a resistência portuguesa, além de não se adaptarem por completo ao clima, às doenças e outros percalços, fazendo com que eles abandonassem suas possessões em 1654.
Trata-se de um tema cotado para vestibulares, assim como para o Enem. Por isso, vale a pena ficar ligado no assunto, veja!
Causas para as Invasões Holandesas
Em síntese, desde o começo a jornada açucareira no Brasil era financiada pelos holandeses. Porém, os mesmos foram expulsos por conta da União Ibérica entre as coroas de Portugal e Espanha.
Como os flamengos (holandeses) tinham atritos com a Coroa Espanhola, não podiam mais ancorar em terras portuguesas. Em decorrência disso, em 1621, a “Companhia Holandesa das Índias Ocidentais”, visando a recuperação do comércio que perdeu.
Dessa maneira, os mercenários contratados pela República das Províncias Unidas invadem as terras canavieiras buscando o controle da produção de engenhos do Nordeste.
Contexto histórico das invasões holandesas
A primeira invasão holandesa ocorreu em 1624 na Bahia, no mesmo ano, ao menos 1500 homens conquistaram a cidade de Salvador, sob o comando do almirante Jacob Willekens.
Contudo, em 1626, portugueses e espanhóis formam uma poderosa frente de combate com 52 navios e 12 mil homens e reconquistam o território.
Posteriormente, em 1630, os invasores tomam a região de Pernambuco, mais precisamente na região de Olinda com uma esquadra de 56 navios.
Em contrapartida, a tomada de Recife foi mais trabalhosas, visto que os defensores possuíam técnicas de guerrilha mais promissoras.
Já em 1695 os holandeses chegavam a pelos menos 5500 homens armados. Com isso, uma resistência armada comandada pelo militar português Matias de Albuquerque (1580 – 1647) foge para Bahia, deixando a região sob domínio dos holandeses.
Enfim, com a conquista do território, surge a necessidade de uma figura que articula-se às funções políticas e militares na “Nova Holanda”.
Por conseguinte, torna-se o administrador da Nova Holanda o Conde João Maurício de Nassau (1604 – 1679) chegando às novas terras em 1637, acompanhado por diversos profissionais, como médicos, cientistas, arquitetos, artistas, entre outros.
Além disso, Recife é nomeada a sede da Nova Holanda, durante o governo de Nassau com estímulo à produção açucareira, além de obras de urbanização da sede, refletindo positivamente no desenvolvimento regional.
Portugal independente da Espanha
A saber, em 1640, Portugal fica independente da Espanha. E, em 1641, é assinado um acordo de paz entre Portugal e Holanda, consolidando dessa forma o domínio holandês na região, principalmente depois da invasão do Maranhão no mesmo ano.
Entretanto, em 1643, devido uma falta de acordo com a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, Maurício de Nassau regressa à Europa.
Um pouco adiante, a relação com os senhores de engenho começa a se desgastar, visto que eles não conseguem acertar as dívidas contraídas com os holandeses, resultando na Insurreição Pernambucana de 1645.
Por fim, em decorrência da Insurreição Pernambucana, e o auxílio militar de portugueses e ingleses, os luso-brasileiros expulsaram os holandeses das terras brasileiras em 1654.