Se você está se programando para visitar alguma agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) nesta quarta-feira (3), precisa ficar atento às notícias. Isso porque ao menos uma parte dos servidores da autarquia está ameaçando realizar uma paralisação a qualquer momento.
Esta mobilização foi aprovada em uma assembleia estadual e em uma plenário nacional da categoria. A ideia é realizar a paralisação no mesmo dia em que está marcada uma nova reunião entre representantes de trabalhadores e o membros do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos.
A ideia da mobilização é pressionar o governo federal por mais um reajuste dos trabalhadores. Estão previstas manifestações em diversas cidades do país.
“O governo desconsiderou todos os nossos pleitos, inclusive aqueles de reestruturação de carreira que não têm impacto financeiro e ofereceu apenas o reajuste de 9% em 2026 e 3,5% em 2026”, afirma a diretora do Sinsprev/SP, Thaize Chagas Antunes.
“Lembrando que tivemos o nosso salário congelado de 2017 a 2022, sem nenhum centavo de reajuste.”
Manifestações do INSS
Em São Paulo, por exemplo, a ideia dos servidores é se reunir na frente da Superintendência do INSS, que fica localizado no viaduto Santa Efigênia, a partir das 15h.
Ainda hoje, os servidores deverão decidir se poderão aprovar uma nova greve, que teria início no próximo dia 16 de julho. Mas até segunda ordem, a operação apagão segue normalmente.
Como funciona o apagão?
Mas afinal de contas, como funciona este apagão? De acordo com representantes dos servidores, a ideia é fazer com que os funcionários públicos que atuam no INSS reduzam em 20% a produção. Esta redução deverá acontecer todas as terças e quintas do mês de julho.
“Estamos em situação igual aos outros, de reajuste zero neste ano. E mesmo o que não depende de pauta orçamentária o governo tem negado a nós. A categoria está disposta a fazer enfrentamento como tem feito a educação”, disseram os representantes dos trabalhadores em entrevista.
Governo federal se defende
O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos disse por meio de nota que fechou um acordo com a categoria, e que todos os servidores receberam um reajuste de 9%. A pasta afirma que este aumento foi linear e foi feito para repor as perdas que todos os servidores tiveram nos anos anteriores.
Já o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) disse que não responde pelas negociações.
O que acontece com quem já agendou atendimento do INSS
De acordo com o sindicato que representa os servidores, a operação apagão não deve afetar diretamente o atendimento presencial nas agências do INSS pelo Brasil.
De todo modo, é possível e até provável que esta movimentação atrase a liberação de benefícios previdenciários e assistenciais, como é o caso do Benefício de Prestação Continuada (BPC), por exemplo.
O apagão atinge tanto os servidores que atuam de maneira presencial, como também as pessoas que atuam em home office.
Calendários de julho
Fato é que o Instituto Nacional do Seguro Social já divulgou os calendários completos de pagamento do INSS para este mês de julho. Segundo a autarquia, nem o apagão e nem a possível greve dos servidores poderá afetar os pagamentos das pessoas que já estão na condição de seguradas.
Abaixo, você pode conferir o calendário detalhado de liberações do INSS para as pessoas que recebem o piso previdenciário nacional, que corresponde ao salário mínimo de R$ 1.420:
- Final 1: 25 de julho;
- Final 2: 25 de junho;
- Final 3: 29 de julho;
- Final 4: 30 de julho;
- Final 5: 31 de julho;
- Final 6: 1 de agosto;
- Final 7: 2 de agosto;
- Final 8: 5 de agosto;
- Final 9: 6 de agosto;
- Final 0: 7 de agosto.
Agora, você pode conferir o calendário completo de liberações do INSS para as pessoas que recebem qualquer valor acima de R$ 1.420. Note que este público só começa a receber o saldo a partir do próximo mês de agosto.
- Finais 1 e 6: 1 de agosto;
- Finais 2 e 7: 2 de agosto;
- Finais 3 e 8: 5 de agosto;
- Finais 4 e 9: 6 de agosto;
- Finais 5 e 0: 7 de agosto.