Nesta terça-feira, o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) inicia o pagamento de seus benefícios com o novo valor do salário mínimo. Desse modo, todos os segurados pelo Instituto poderão acessar seus valores atualizados.
Nesse sentido, o salário mínimo passou de R$ 1.100 em 2021 para R$ 1.212 para este ano de 2022. Portanto, isso influencia nos valores dos benefícios do INSS, de forma que estes também passarão por um reajuste.
Entenda como ficará o seu benefício, abaixo.
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Quando serão os pagamentos do INSS?
Desde o início do ano, o INSS divulgou o calendário de pagamentos do ano, de forma que os beneficiários e aposentados tivessem conhecimento. Assim, os segurados do Instituto poderão se organizar financeiramente.
Nesse sentido, é importante lembrar que os depósitos ocorrem, primeiramente, para aqueles que recebem apenas um salário mínimo. Desse modo, hoje, 25 de janeiro, recebe os segurados com NIS (Número de Identificação Social) de final 1.
Para verificar qual é o final de seu NIS, o beneficiário deve conferir o dígito que fica antes do hífen (-). Portanto, em um NIS 123.123.123-0, por exemplo, o seu final é o dígito 3.
Neste primeiro pagamento, então, estarão os seguintes grupos:
- 26 de janeiro: NIS de final 2
- 27 de janeiro: NIS de final 3
- 28 de janeiro: NIS de final 4
- 31 de janeiro: NIS de final 5
- 01 de fevereiro: NIS de final 6
- 02 de fevereiro: NIS de final 7
- 03 de fevereiro: NIS de final 8
- 04 de fevereiro: NIS de final 9
- 07 de fevereiro: NIS de final 0
Em seguida, os beneficiários que recebem mais de um salário mínimo terão seus pagamentos da seguinte forma:
- 01 de fevereiro: NIS de final 1 e 6
- 02 de fevereiro: NIS de final 2 e 7
- 03 de fevereiro: NIS de final 3 e 8
- 04 de fevereiro: NIS de final 4 e 9
- 07 de fevereiro: NIS de final 5 e 0
Quais são os benefícios?
Quando se fala dos pagamentos do INSS, deve se considerar todos os benefícios para além das aposentadorias.
Dessa forma, o novo salário mínimo irá alterar:
- Aposentadorias de todos os tipos
- Benefício por Incapacidade Temporária, ou seja, o antigo Auxílio-doença
- Salário-família
- Salário-maternidade
- Pensão por Morte
- Seguro Desemprego
- Abono salarial do PIS/Pasep
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Salário mínimo mudou benefícios do INSS
O instituto indica que 66% de seus beneficiários contam com um valor de um salário mínimo. Portanto, estes deverão esperar o aumento para o valor de R$ 1.212.
Além disso, mesmo aqueles que recebem valores maiores sofrerão um reajuste de acordo.
No entanto, especialistas indicam que esta correção ficou R$ 1 abaixo do que deveria. Isto é, para que o novo salário mínimo conseguisse compensar a inflação e manter o poder de compra dos trabalhadores, seria necessário que fosse de, ao menos, R$ 1.213.
Quando se fala do poder de compra, é importante lembrar que trata-se da possibilidade destes cidadãos conseguirem adquirir os produtos, de acordo com o aumento que estão sofrendo. Por exemplo, o gás de cozinha, recentemente, está apresentando um valor médio de R$ 104, portanto, para que as famílias brasileiras consigam ter este produto, é necessário que o salário mínimo acompanhe.
Inclusive, o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) mede exatamente estas mudanças. Assim, para este ano, o índice apresentou um aumento maior do que o governo esperava. Desse modo, espera-se que essa diferença seja compensada em 2023.
Como ficarão os reajustes?
A partir do primeiro dia do ano, o INSS reajustou seus benefícios em 10,16%. Dessa maneira, o valor mínimo dos benefícios acompanhará o valor do piso nacional, ou seja, de R$ 1.212. Além disso, o valor máximo, ou seja, o teto será de R$ R$ 7.087,22.
Contudo, é importante lembrar que este reajuste apenas se aplica para quem já estava recebendo o benefício até janeiro de 2021. Aqueles que começaram a receber em fevereiro de 2021 em diante, portanto, terão reajustes proporcionais.
Isso acontece porque este ainda não receberam o total de 12 pagamentos, o que é necessário para receber o reajuste completo.
Assim, para os beneficiários a seguir, os reajustes serão de:
- Para quem já era segurado do INSS até janeiro de 2021, o reajuste será completo, ou seja, de 10,16%.
- Já quem entrou em fevereiro de 2021 terá um reajuste de 9,86%.
- Aqueles que começaram a receber em março de 2021 terão um reajuste de 8,97%.
- Beneficiários de abril de 2021 terão 8,04%.
- Aqueles de maio de 2021 terão 7,63%.
- De junho de 2021 contarão com 6,61%.
- De julho de 2021 terão 5,97%.
- Os que entraram em agosto de 2021 terão um reajuste de 4,9%.
- Já os de setembro de 2021, 3,99%.
- Aqueles que entraram em outubro de 2021 terão 2,75%.
- Os de novembro de 2021, 1,58%.
- Por fim, quem entrou no mês passado, dezembro de 2021, terão um reajuste de 0,73%.
Como conferir seu valor?
Mesmo tendo acesso a estas informações, muitos cidadãos podem continuar com dúvidas sobre o valor que passarão a receber, a partir de hoje.
Portanto, aqueles que desejam se informar com mais precisão poderão consultar o site ou aplicativo Meu INSS.
Para tanto, basta:
- Antes de tudo, acessar sua conta com CPF e senha.
- Em seguida, procure pelo ícone de olho para conseguir visualizar o número de seu benefício, além da previsão de pagamento e o seu valor. Veja aquele de competência de janeiro de 2022.
No entanto, é importante lembrar que alguns extratos poderão não estar disponíveis, visto que o INSS libera esta possibilidade de pouco em pouco.
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Como sacar seu benefício?
Os beneficiários podem receber sua aposentadoria ou demais benefícios em sua conta de preferência. Dessa forma, a forma de saque irá depender com o banco que se utiliza.
No entanto, em geral, os saques dos bancos podem ser feitos por meio de caixa eletrônico com o uso de cartão. Além disso, também é possível movimentar seus valores a partir do aplicativo de seu banco.
O pagamento poderá ocorrer em uma conta corrente ou até mesmo em conta poupança, desde que o banco tenha contrato com o INSS para estes pagamentos.
Por fim, é importante lembrar que o benefício irá retornar para o INSS, caso não ocorra até 60 dias depois do depósitos. Portanto, os segurados devem se atentar para recolher seus valores, caso contrário poderão perdê-los.
Isso ocorre para que o INSS destina os recursos para quem, de fato, está usando. Nesse sentido, a falta de movimentação pode indicar morte do segurado, por exemplo.