O número de pessoas que aguardam por um atendimento no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é neste momento o maior da história da autarquia. De acordo com informações obtidas pelo jornal O Globo, pouco mais de 2,85 milhões de brasileiros aguardam pela realização de serviços no Instituto.
Segundo o jornal, a maioria dos casos são de pessoas que aguardam pela realização da chamada perícia médica. São cidadãos que pedem pelo direito de receber algum benefício por incapacidade. Dessa forma, eles precisam de uma avaliação de um perito médico para poder começar a receber o auxílio em questão.
Como a fila do INSS cresceu nos últimos meses, mais gente está na chamada situação de limbo. De acordo com especialistas, o processo acontece quando o cidadão deixa de receber o salário da empresa e não começa a receber a ajuda do INSS. Assim, ele fica sem nada, mesmo considerando que ele está em uma situação de doença.
De acordo com as regras trabalhistas brasileiras, um cidadão que fica doente e precisa se afastar do trabalho, segue com os recebimentos do salário da empresa nos primeiros 15 dias de afastamento. No entanto, caso o período ultrapasse a marca da metade do mês, então é o INSS que precisa começar a pagar a ajuda.
A questão é que para que o Instituto comece os pagamentos, o cidadão precisa provar que está doente. E quem analisará a situação é justamente o médico perito do próprio INSS. Se o cidadão não consegue fazer a consulta, então ele não recebe mais nem o salário da empresa e nem o benefício do INSS.
O que diz o Governo Federal
O Governo Federal reconhece que o tamanho da fila para o recebimento de benefícios é grande neste momento. No entanto, eles afirmam que o fenômeno ocorre, entre outras coisas, por causa da falta de pessoal.
De acordo com as informações oficiais, o Governo ainda não fez a reposição dos funcionários que se aposentaram no último ano de 2018. Assim, há uma falta de funcionários para atender a grande demanda neste momento.
O INSS afirma que abriu seleção para contratar novas pessoas de forma temporária. Mas à julgar pelos números obtidos pelo jornal O Globo, é de se imaginar que o novo efetivo ainda não cumpriu com o objetivo de diminuir a fila de espera.
Sem saída para o INSS
O problema em toda a situação, é que as pessoas que fizeram a solicitação não possuem muitos canais de saída. Isso porque, como o pedido ainda não foi negado, é impossível pedir uma contestação do resultado.
Além disso, como já há um pedido aberto, também é impossível abrir uma nova solicitação para que ele realize o pedido para uma perícia médica, por exemplo. Para os cidadãos, a única saída mesmo é esperar.
O INSS afirma que trabalha para conseguir diminuir o tamanho da fila nos próximos meses. Alguns diretores do Instituto dizem que a única saída para tentar mudar a situação, é mesmo abrir novos concursos para a contratação de mais gente para trabalhar na autarquia