De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) terminou o mês de dezembro em 0,45%. Sendo assim, a chamada “inflação do aluguel” termina o ano de 2022 com alta de 5,45%.
Segundo André Braz, Coordenador dos Índices de Preços, “A última edição do IGP-M (inflação do aluguel) de 2022 mostra aceleração dos preços de alimentos importantes ao produtor e ao consumidor”. A alta ocorreu após quatro meses seguidos de deflação (diminuição dos preços devido a oferta ser maior que a demanda).
“No índice ao produtor, os maiores aumentos foram registrados para: feijão, bovinos e óleo de soja refinado. Já no âmbito do consumidor, as maiores altas foram registradas para alimentos in natura, com destaque para: tomate e cebola”, explica Braz.
O índice IGP-M é conhecido como “inflação do aluguel”. Isso ocorre pois ele serve de parâmetro para o reajuste de preços de diversos contratos, incluindo o de locação de imóveis. Além disso, a inflação do aluguel também acompanha o custo de produtos primários, matérias-primas, preços no atacado e dos insumos da construção civil.
Apesar da alta, os dados sobre a inflação do aluguel são promissores, em comparação com os anos anteriores. Em 2020 e 2021 o IGP-M explodiu, sendo que esse ano ele subiu abaixo da inflação oficial do país, medida pelo IPCA.
Segundo o IBGE, o IPCA-15, que representa a prévia da inflação oficial do país no ano, fecha o ano de 2022 em 5,90%. Confira a seguir o que impulsionou a alta da chamada inflação do aluguel.
A inflação do aluguel (IGP-M) possui três componentes. Dentre eles, o que mais impulsionou a alta foi o Índice Nacional de Custo da Construção, que fechou o ano com aumento de 9,40%. A alta desse índice se deu tanto pela mão de obra quanto pelo custo de materiais, equipamentos e serviços.
No entanto, olhando apenas para o mês de dezembro, o maior aumento foi do componente IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo). Esse índice foi influenciado pelos preços do minério de ferro, feijão, bovinos, óleo de soja refinado e farelo de soja.
Veja a seguir uma tabela explicando os componentes da inflação do aluguel:
Componentes do IPC-M | Alta no mês de Dezembro | Peso na composição do IPC-M |
Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) | 0,47% | 60% |
Índice de Preços ao Consumidor (IPC) | 0,44% | 30% |
Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) | 0,27% | 10% |
Com a alta do aluguel, surge a necessidade de tentar renegociar os preços com o proprietário. Confira a seguir algumas dicas de como fazer isso.
A alta da chamada inflação do aluguel afeta diretamente quem vive em casas alugadas. Dessa forma, muitas vezes surge a necessidade de renegociar o preço do aluguel com o proprietário.
Os analistas de mercado imobiliário dão algumas dicas, para que o preço possa ser justo e não prejudicar nenhuma das partes na hora da negociação. Veja a seguir algumas dessas dicas:
Dessa forma, caso a negociação seja bem sucedida, diminuem-se os impactos causados pela variação da inflação do aluguel.