Você sabia que existe um indicador específico que mede a inflação do aluguel? É o chamado Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M). Os resultados divulgados nesta semana chamam atenção: apesar de ter reduzido 0,02% em novembro, a alta acumulada dos últimos 12 meses ainda é de 17,89%.
Na realidade, em outubro a alta foi de 0,64%, valores inferiores a 1%. Demonstrando que para sair da casa de dois dígitos ainda deve demorar.
A deflação do IGP-M em novembro é explicada principalmente pelo recuo do preço do minério de ferro, soja e milho. “Apesar dos aumentos registrados para diesel (6,61% para 9,96%) e gasolina (2,79% para 10,17%) na refinaria, as quedas nos preços de grandes commodities – com destaque para minério de ferro (-8,47% para -15,15%), soja (-0,18% para -2,85%) e milho (-4,52% para -5%) – favoreceram a manutenção da inflação ao produtor em terreno negativo”, destacou André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
Por conta dos índices acima da inflação oficial e de outros indicadores, o setor de locação tem abandonado o IGP-M. Isso pode acontecer quando há negociação entre o proprietário e inquilino, porque a lei autoriza a aplicação IGP-M integral.
O IGP-M é um dos motivos que pode fazer o preço do aluguel subir, por isso, uma opção é negociar o indicador logo no contrato. Algumas imobiliárias estão aceitando que o reajuste seja feito pelo IPCA – inflação oficial do Brasil.
Apesar de alta, a inflação do IPCA não atingiu ainda 10%, o que pode ser uma boa alternativa num cenário que o IGP-M está em 24,86%.