em De acordo com pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços (IGP-M) sobre os valores do aluguel em todo o país tiveram uma alta de cerca de 8,16% no ano. O aumento dos últimos 12 meses é de 10,70%.
O valor acumulado está abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma antecipação da inflação oficial do país. Ademais, em relação a junho de 2021, o índice relativo ao aluguel de imóveis, estava em 0,60% e acumulava uma alta relativa aos 12 meses anteriores, de 35,75%.
O IGP-M acompanha a variação de preços não só do aluguel, mas também de insumos da construção civil, oscilação dos preços ao consumidor, valor dos produtos primários, matérias primas, preços do atacado, entre outros.
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A inflação tem apresentado uma grande alta nos últimos meses. No entanto, houve uma desaceleração em relação ao índice de preços ao produtor. É uma redução importante, visto que ele tem um grande peso na formação do IGP-M.
De acordo com André Braz, coordenador do índice de preços, há uma desaceleração da alta nos últimos 12 meses, como vemos em relação ao aluguel, apresentando o menor nível desde 2020. Podemos destacar o óleo diesel, leite in natura e os automóveis puxaram os preços para cima.
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O IGP-M realiza seus cálculos entre os dias 21 do mês precedente e 20 do mês padrão. Para tal, ele analisa o índice de preços do produtor, consumidor e da construção civil. Ele é composto por três elementos: o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPA), Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).
O IPA compõe cerca de 60% da pesquisa e teve uma variação de 0,30% em junho. Houve uma queda na taxa das Matérias-Primas Brutas, com o minério de ferro apresentando uma redução de -0,32%, milho em grão, -1,21% e mandioca, -4,24%.
Em relação ao IPC, que tem um peso de 30% no IGP-M, teve um aumento de cerca de 0,71% em junho. O índice relacionado à habitação teve uma alta de 0,65%. A energia elétrica influenciou na diminuição do índice de preços, com uma variação de -0,34%.
Já o INCC, que compõe 10% do IGP-M, teve um aumento considerável de 2,81% em junho. Os materiais e equipamentos tiveram uma alta de 1,58%, serviços de 0,50% e mão de obra, de 4,37%.
A princípio, em relação a variação dos valores do IGP-M, André Braz afirma que a desaceleração do índice é reflexo dos recuos observados nas taxas de variação dos preços aos produtores (de 1,45% para 0,45%) e aos consumidores (de 1,53% para 0,35%) devido à alta menor apurada nos preços dos combustíveis fósseis”.
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Todavia, com a desaceleração do índice de preços dos aluguéis, acumulados em 10,70% nos últimos 12 meses, os aluguéis com vencimentos em junho deverão seguir a mesma variação.
Isso quer dizer, por exemplo, que um inquilino que pagava cerca de R$1500 de aluguel, deverá desembolsar R$1660,8 nos 12 meses seguintes. Especialistas afirmam que nessa hora, é importante que o inquilino negocie com o proprietário do imóvel, em busca de valores mais atrativos.
Como o cálculo do IGP-M é diferente da inflação oficial, algumas imobiliárias passaram a alterar os preços do aluguel baseado neste segundo índice, reajustando seus novos contratos. Dessa maneira, há uma alta relevante. Para fugir dos preços altos, a negociação é a melhor forma de se proteger.
Cerca de 23% das famílias brasileiras afirmam que o aluguel é um dos que mais pesa no bolso, ficando atrás apenas da alimentação. De acordo com consultores, é indicado que se organize financeiramente para alugar um imóvel.
Para tal, é preciso analisar as despesas não só com o aluguel, mas também com o condomínio, água, luz e até mesmo com as despesas relacionadas à locomoção, como por exemplo, ônibus e gasolina.
Uma outra estratégia é relacionar seus gastos com outras despesas, de forma a ter a certeza de que seus rendimentos cubram os valores pré-estabelecidos. Em suma, não é indicado que se extrapole o valor do seu ganho mensal.