O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), que serve de base para o cálculo do aluguel, subiu cerca de 0,21% em janeiro. A alta foi contabilizada pela Fundação Getúlio Vargas, através do Instituto Brasileiro de Economia. Sendo assim, o aumento acumulado dos últimos 12 meses ficou em 3,79%.
Este é o segundo mês consecutivo de alta no índice, já que em dezembro de 2022 houve uma variação positiva de 0,45%. No ano passado, o IGP-M teve uma alta de 5,45%. Na comparação com o mês de janeiro, em 2022 a alta relativa ao período foi de 1,82%. Nessa época, o acumulado de 12 meses estava em 16,91%.
O IGP-M ou índice de inflação do aluguel, serve de critério para o reajuste de vários contratos de locação, como o de imóveis. O índice não só observa a variação dos preços ao consumidor, mas também acompanha os custos de produtos primários, matéria prima, atacado e insumos da construção civil.
Todavia, o IGP-M utiliza em seu índice, o período entre o dia 21 do mês anterior e o dia 20 do mês referente. Dessa maneira, ele estabelece o cálculo relativo sobre os preços ao produtor, consumidor, e ainda na construção civil. São ao todo três componentes, sendo que cada um influencia no índice diretamente.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPA) tem um peso de 60% sobre o cálculo do IGP-M. Através dele há a apuração na variação dos preços do atacado. Em janeiro houve um crescimento de 0,10%, sendo que em dezembro o índice teve uma alta de 0,47%. Os combustíveis e lubrificantes variaram cerca de -5,50%.
Em seguida, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) aparece contribuindo com 30% do IGP-M. Ele teve uma alta de 0,61% em janeiro deste ano, depois de um crescimento de 0,44% em dezembro passado. Os cursos formais apresentaram uma alta de 4,55%, enquanto que o IPVA apresentou uma variação de 1,06%.
O Índice Nacional de Custo da Produção (INCC) tem um peso de 10% no cálculo do IGP-M. Em janeiro ele apresentou uma alta de 0,32%, sendo que em dezembro de 2022 houve um crescimento de 0,27%. Os materiais e equipamentos tiveram uma variação negativa de -0,26%, enquanto que os serviços tiveram uma alta de 0,53%.
André Braz, coordenador dos índices de preços, afirma que “entre os índices do IGP-M, o índice ao produtor segue registrando arrefecimento das pressões inflacionárias. O preço das matérias-primas brutas recuou de 2,09% para 1,55%, a queda foi intensificada diante do comportamento de combustíveis e lubrificantes para a produção, cujos preços recuaram, passando de -2,26% para -5,05%”.
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) é uma divulgação mensal do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE). Ele teve início no final dos anos 1940 para ser uma medida para a movimentação de preços que compreendesse atividades diversas e etapas do processo produtivo.
Ademais, ele é um indicador do nível de atividade econômica nacional, mensal, observando vários setores. O IGP-M além de ser utilizado para o cálculo do aluguel também tem um peso substancial nas tarifas públicas, como por exemplo, energia elétrica e telefonia, além de contratos de prestação de serviços.
Em síntese, para se fazer o cálculo do IGP-M, usa-se a variação nos preços de bens e serviços, além de matérias primas na produção agrícola, industrial e construção civil. Além disso, ele utiliza uma média de outros três índices, como falado anteriormente, o IPA, IPC e o INCC.
O IGP-M também é referência para o reajuste tarifário de serviços como telefonia, energia elétrica, além de contratos de empresas prestadoras de serviços. De fato, ele é a base para variações de preços de planos de saúde e educação. No entanto, ficou conhecido por ser referência para o aluguel.
Aliás, o IGP–M também serve como base para contratos públicos-privados dos mais diversos. Entre seus componentes, podemos destacar o IPA, que é utilizado como base para o reajuste de preços de produtos e serviços. É um índice histórico, de mais de 80 anos, conhecido em todo o país.
O índice de inflação do aluguel marca, já em janeiro, um crescimento dos valores dos imóveis negociados em todo o páis. De fato, todo ano há um reajsute nos contratos, portanto é indicado observar como está o IGP-M antes de negociar, já que é possível obter algum desconto. O índice é base para os valores, mas não é obrigatório.