Que o Brasil está em crise não é novidade, mas um novo dado chama atenção: o índice de endividamento passou a consumir mais da metade da renda das famílias em 2021. Os dados são equipe de Renda Fixa da XP, com base em dados do Banco Central e foram divulgados pelo G1.
As informações também dão conta que esse índice de endividamento chegou a este patamar depois de crescer 21% em 2021 em comparação com 2020.
O estudo realizado pela XP também levantou os créditos mais caros:
O relatório ainda comenta o possível resultado deste aumento: “Como estamos em um contexto de alta inflação, maior comprometimento de renda e elevado nível de endividamento, essas linhas, naturalmente mais propensas a não pagamento, podem começar a apresentar uma piora na inadimplência”.
O índice de endividamento fechou em 2021 com 51%, de acordo com o relatório da XP.
De acordo com o relatório, o índice de endividamento não é um fato isolado e ao acaso, pelo contrário. Economistas ouvidos pelo G1 explicaram que o aumento das dívidas das famílias tem haver com a queda de renda.
Desta forma, os empréstimos e outras modalidades serviram de certa forma para equilibrar a economia, suprindo a falta de renda e movimentação para pessoas físicas e jurídicas (empresas).
O cenário econômico fez também que a inflação aumentasse, o que gerou o aumento da taxa de juros, na tentativa de diminuir a circulação de dinheiro. A longo prazo a alta dos juros também deve fazer que as dívidas aumentem e pode contribuir para inadimplência.
O conceito de inadimplência e índice de endividamento é diferente, importante se atentar a isso. Enquanto o primeiro tem haver com dívidas em atraso, o segundo tem relação com qualquer valor devido, mesmo que o prazo não tenha sido extrapolado.
Desta forma, se você está entre um dos brasileiros que está no índice de endividamento, a recomendação é que controle os gastos e se planeje, para que não fique devendo e entre em inadimplência, principalmente por conta da previsão de juros altos.
Algumas dicas são: