Comprar uma televisão nova é sempre uma alegria, mas agora que praticamente todos os modelos permitem conexão à Internet, é preciso maior cuidado. Ao adquirir uma Smart TV, é preciso estar atento não só onde ela vai ficar no seu móvel ou na parede, mas também como garantir sua conexão para aproveitar o máximo do produto.
Assim como um smartphone, configurar uma Smart TV deve ser a primeira preocupação de quem comprou uma nova televisão. Por isso, a escolha por uma conexão tem que ser feita de primeira. E aqui vai um spoiler: opte pelo cabo.
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Por mais moderna que seja uma casa, é possível que a instalação da infraestrutura de Internet não tenha sido pensada para interagir com todos os dispositivos que temos hoje. Escolher conectar a TV com o Wi-Fi pode diminuir a qualidade da rede e dificultar a experiência de uso.
Imagine estar assistindo sua série favorita na Netflix e a qualidade da imagem cair? Ou pior, no meio do jogo de seu time de futebol, que só está disponível em um serviço de streaming, a conexão cai por falta de estabilidade?
A conexão via cabo Ethernet – ou cabo RJ-45 – é a garantia de que a televisão vai ter a capacidade máxima de banda disponível para a sua residência no momento. Isso é ainda mais válido se muitos dispositivos estiverem conectados ao mesmo tempo.
Pense comigo: se você assiste sua série ou filme enquanto outras pessoas também estão fazendo o mesmo em seus respectivos quartos, o Wi-Fi não dará conta. Isso porque ele tem que distribuir um grande volume de dados ao mesmo tempo, podendo atingir sua capacidade total a depender da qualidade do roteador.
A situação piora se estiver consumindo conteúdo ao vivo online, porque há queda na latência, que é o tempo de resposta do serviço. A mesma lógica pode ser aplicada para quem joga.
Claro que a dependência do Wi-Fi varia de pessoa para pessoa e de casa para casa. Se você comprou uma Smart TV para assistir mais à programação normal da TV, a qualidade da Internet não vai influenciar em nada a sua experiência. Fique atento apenas se o seu serviço de TV é oferecido online, porque aí pode ser necessário conectar o dispositivo ao cabo.
Um problema mais grave que a qualidade de Internet é a segurança do Wi-Fi. Existem erros que podem fazer com que o seu roteador sirva de porta de entrada para hackers realizarem ciberataques.
Embora seja fácil cair na armadilha de pensar que seu Wi-Fi está seguro, alguns erros comuns podem deixá-lo desprotegido. Um deles é manter a configuração padrão do roteador, o que torna mais fácil para invasores explorarem vulnerabilidades conhecidas. É importante alterar as senhas padrão e configurar uma senha forte e exclusiva para o seu roteador.
Outro erro comum é não atualizar regularmente o firmware do roteador. Atualizações de firmware geralmente contêm correções de segurança importantes que podem proteger sua rede contra ataques. Fique atento às atualizações disponíveis para o seu roteador e instale-as assim que forem lançadas.
Além disso, é essencial utilizar criptografia em sua rede Wi-Fi. A criptografia, como o protocolo WPA2 ou WPA3, impede que invasores acessem facilmente suas informações. Certifique-se de habilitar a criptografia em seu roteador e usar uma senha forte para proteger sua rede.
Outra prática importante é ocultar o nome da sua rede Wi-Fi (SSID). Ao fazer isso, você dificulta o acesso não autorizado, pois os invasores não poderão detectar facilmente a existência da sua rede.
Por fim, é recomendável desativar recursos de Wi-Fi que você não utiliza, como a configuração WPS (Wi-Fi Protected Setup). O WPS possui vulnerabilidades conhecidas e pode ser explorado. Desativar esse recurso diminui também essas possibilidades.
Outro ponto importante é evitar se conectar a redes públicas de Wi-Fi. Sua utilização pode comprometer a segurança de seus dispositivos, dados, e informações pessoais. Fique atento ao nome da rede e opte sempre pelo uso dos dados móveis.