Imposto de Renda para ricos no Brasil é menor que em 85 países

Imposto de Renda para ricos no Brasil é menor que em 85 países

A alíquota máxima de Imposto de Renda no Brasil para quem recebe mais de R$ 4.665,00 por mês é de 27,5%. Ainda que os muitos considerem as taxas de impostos altas no Brasil, na comparação com outros países de renda média parecida, os considerados “super-ricos”, que é um degrau acima de média populacional, chegam a pagar 40% de Imposto de Renda.

Muitas pessoas no Brasil entendem que aqui se paga muito imposto. Se por um lado a tributação de consumo e empresas do país é alta, isso não se aplica quando pensamos no imposto sobre a renda, em que o nosso país fica nas últimas posições.

Vale lembrar que o IR é descontado diretamente no salário dos trabalhadores que recebem a partir de R$ 1.903,00. Nesse sentido se tem um dado interessante: O Imposto de Renda para ricos no Brasil é menor que em 85 países.

Assim como em outros países, Imposto de Renda do Brasil é progressivo

O IR no Brasil é dividido de acordo com a faixa de rendimentos e é progressivo, com uma alíquota que sobe conforme os ganhos vão aumentando. O que acontece é que no Brasil o imposto progressivo é menor do que em outros países, e é aplicada aos mais ricos chegando a até 27,5%.

Outro detalhe é que no Brasil as alíquotas começam a ser aplicadas em países com bem menos dinheiro. Aqui os super salários acabam pagando muito menos imposto do que em países ricos e a classe média é quem está pagando essa conta.

No Brasil, a classe C acaba pagando o máximo de imposto e a classe rica que está inclusa em um seleto grupo de apenas 1%, paga a mesma coisa. Essa conta não fecha e acaba gerando mais desigualdade no país.

Menos de 15% para quem hoje está pagando 27,5%

No Brasil, a tabela do Imposto de renda tem cinco faixas, indo de 0% até 27,5%. No cenário nacional, todos que ganham acima de R$ 4.665 por mês, o que corresponde a R$ 56 mil todos os anos ou US$ 11 mil na cotação atual, pagam a alíquota máxima, isso falando de pessoa física.

Na América Latina a alíquota máxima é a do Chile, que chega a 40%. Já entre os países mais ricos, a maior alíquota é a do Japão, que chega a 50%, além de países nórdicos como Finlândia e Dinamarca que também ficam nessa faixa. Esses países têm índices de criminalidade e corrupção menores que o Brasil e dão muito mais transparência na utilização do dinheiro público.

Porém, o que muda é que nesses países apenas quem ganha muito dinheiro, como R$ 520 mil por ano, terá que pagar a alíquota. Em países como Estados Unidos e Peru, ninguém que ganhe os mesmos US$ 11 mil como aqui no Brasil irá pagar mais do que 15% de imposto. O México tem uma cobrança de alíquota máxima parecida ao Brasil, chegando à 23%.

Na América do Sul apenas a Bolívia (com 13%) tem uma alíquota do Imposto de Renda menor que a do Brasil. Entre as economias mais desenvolvidas, apenas Costa Rica, Estônia, Eslováquia, Hungria, Lituânia e República Tcheca (entre 15% a 25%) cobram uma alíquota de imposto de renda menor que a do Brasil.

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