O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) é, sem dúvida, um dos benefícios trabalhistas mais amplamente utilizados. Principalmente, por aqueles que se veem desligados de seus empregos sem justa causa.
Contudo, o que muitos trabalhadores desconhecem é que não é necessário estar desempregado para acessar os recursos acumulados nessa poupança compulsória.
O FGTS foi criado pelo governo brasileiro em 1966, por meio da Lei nº 5.107, com o objetivo de proporcionar segurança financeira para os trabalhadores.
Sobretudo, em caso de demissão injustificada. Todavia, sua utilidade vai além desse cenário específico.
Esse benefício opera como uma espécie de mecanismo de economia que exige que o empregador faça depósitos em nome do empregado. Esse valor é equivalente a 8% do salário do trabalhador, acrescidos de atualização monetária.
A principal finalidade do FGTS é assegurar ao trabalhador uma reserva financeira que possa ser acessada em momentos necessários, como para aquisição da casa própria.
Além disso, garantir uma aposentadoria mais segura ou enfrentar situações de desemprego involuntário.
A administração do fundo é feita da Caixa Econômica Federal, e os montantes depositados passam por ajustes monetários e são acrescidos com juros anuais.
Enfim, leia o artigo e confira mais informações sobre esse assunto.
Quem possui direito ao FGTS?
O FGTS é um benefício social destinado a diversas categorias de trabalhadores, abrangendo um espectro amplo de empregados.
Para ter direito a esse fundo, é necessário que o trabalhador seja demitido sem justa causa ou tenha dado entrada em sua casa própria.
Ademais, em casos de aposentadoria ou diagnóstico de alguma doença grave também fornece acesso ao fundo.
A partir do ano de 2020, uma importante mudança ocorreu no cenário do FGTS.
Nesse ano, foi estendido o direito do fundo para os trabalhadores que desempenham suas funções por meio de aplicativos de transporte.
Isso significou que uma parcela significativa de trabalhadores que antes não tinha acesso a esse benefício passou a ser elegível para os depósitos regulares no fundo.
Dessa forma, proporcionando maior segurança financeira a esses profissionais que desempenham atividades essenciais no setor de mobilidade e entregas.
Essa mudança trouxe reconhecimento da importância desses trabalhadores no mercado e a necessidade de garantir-lhes direitos e proteção social.
Quais as condições para saque do FGTS?
Existem diversas formas de acesso aos recursos do FGTS, totalizando aproximadamente 14 modalidades de saque.
Assim, essas opções abrangem situações que vão desde a rescisão do contrato de trabalho até a aposentadoria.
Com isso, os trabalhadores têm a oportunidade de utilizar o fundo de acordo com suas necessidades e circunstâncias específicas. Dentre as modalidades, destacam-se:
- Resgate por rescisão: os trabalhadores podem sacar o FGTS quando ocorre a demissão sem justa causa ou término do contrato por prazo determinado;
- Saque-aniversário: com essa modalidade, os trabalhadores têm a opção de sacar anualmente uma parte do seu benefício no mês de seu aniversário;
- Aposentadoria: aqueles que se aposentam podem sacar o benefício, o que representa um apoio financeiro adicional durante essa transição;
- Calamidade: em casos de desastres naturais ou situações de calamidade pública, o governo pode permitir o saque para auxiliar os afetados.
Além dessas modalidades, há outras possibilidades. Como por exemplo, a compra da casa própria, pagamento de parcelas do financiamento habitacional, tratamento de doenças graves, e mais.
Cada uma dessas modalidades atende a diferentes necessidades dos trabalhadores e pode ser uma importante fonte de suporte financeiro em momentos específicos de suas vidas.
É fundamental estar ciente das regras e requisitos específicos para cada modalidade de saque do FGTS.
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Saque em situações de emergência de saúde
As diretrizes para o resgate do FGTS em situações de doença grave garantem a possibilidade de sacar o saldo de suas contas.
Assim, quando eles próprios ou um de seus dependentes forem diagnosticados com uma doença grave o benefício pode ser acessado.
A legislação permite que o trabalhador recorra ao seu fundo para auxiliar no enfrentamento das despesas médicas e outros encargos relacionados ao tratamento da doença.
Esse benefício é uma importante medida de apoio financeiro em momentos difíceis, contribuindo para aliviar o ônus financeiro que as doenças graves podem acarretar.
É crucial estar ciente de que as condições específicas para o saque do FGTS em razão de doença grave podem variar.
Portanto, é essencial verificar a lista de doenças cobertas pela legislação atual e seguir os procedimentos adequados para solicitar o saque nessas circunstâncias. Dentre elas estão câncer, AIDS, entre outras.
Enfim, o FGTS desempenha um papel crucial na proteção financeira dos trabalhadores, permitindo saques em situações diversas, tornando-o uma ferramenta valiosa.