Na manhã desta terça (19), o secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, fez um alerta para que idosos ainda não procurem postos de vacinação contra covid-19. A cidade no momento conta com cerca de 200 mil doses da CoronaVac e irá priorizar profissionais de saúde, indígenas e idosos moradores de instituições de moradia de longa permanência, como asilos, na primeira etapa da campanha de imunização.
“Vamos distribuir (vacinas) para as redes públicas, municipal e estadual, e privada. Esses profissionais de saúde deverão ser vacinados no seu local de trabalho. E vamos priorizar neste primeiro momento os médicos e enfermeiros que estão na linha de frente. E também aqueles que trabalham no resgate do Samu. Nesse primeiro momento, com essa quantidade, vamos priorizar esse universo de profissionais de saúde, idosos em instituições e os quase 1.800 indígenas que temos no município”, disse Edson Aparecido em entrevista à TV Globo.
Dessa forma, idosos não moradores de instituições ainda terão que aguardar para serem vacinados contra covid-19. Segundo o secretário, a logística para vacinação de idosos em geral já está preparada e será iniciada quando o município receber mais doses da CoronaVac.
“Quando nós recebermos novas etapas da vacina e a orientação do Ministério da Saúde e da Secretaria estadual, vamos passar a convocar os idosos acima de 75 anos e aí paulatinamente. Temos referência desses idosos no município e vamos fazer campanhas de comunicação, no momento adequado, para informar essas pessoas”, disse Edson.
Uso das doses da CoronaVac envasadas no Brasil
Por enquanto, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou o uso emergencial apenas das 6 milhões de doses da CoronaVac trazidas prontas da China. Desse total, o estado de São Paulo ficou com 1,4 milhão, enquanto 4,6 milhões de doses foram destinadas aos demais estados brasileiros.
Para aumentar a capacidade de vacinação contra a covid-19, o Instituto Butantan fez uma nova solicitação de uso emergencial à Anvisa, agora para as 4,8 milhões de doses envasadas no Brasil. Tal pedido engloba também os futuros lotes da CoronaVac envasados no Brasil.
“Não haverá necessidade de todo lote ser requisitado. Poderemos chegar aí à produção adicional de 35 milhões, já descontando essas 4 milhões. E, eventualmente, no acréscimo que inclusive já foi mencionado ao Ministério de 56 milhões de doses adicionais. Esperamos que essa autorização aconteça o mais rapidamente possível”, disse Dimas Covas, diretor-presidente do Instituto Butantan em coletiva de imprensa na tarde desta segunda (18).