O Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, de 2020 foi revisado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que indicou um novo resultado, de 3,3%. Até então, acreditava-se que a economia brasileira no primeiro ano da pandemia tinha recuado em 3,9%.
A revisão foi divulgada na última sexta-feira (4), através da pesquisa do Sistema de Contas Nacionais do Brasil, que sempre traz de forma mais detalhada os resultados da economia em comparação as Contas Nacionais Trimestrais, que traz dados parciais e preliminares.
Conforme o levantamento, a queda foi identificada, sobretudo, devido a implementação de novas informações sobre os serviços, de 4,3% nos dados preliminares para uma baixa de 3,7% nos dados consolidados divulgados na última semana.
Em outras palavras, o procedimento também foi realizado sobre outras atividades de serviços, que passou de -12,3% nos dados para -9,3%. De outro modo, na Indústria, a queda registrada passou de -3,4% para -3%, enquanto o crescimento da agropecuária foi revisado de 3,8% para 4,2%.
No que se refere a demanda, o consumo das famílias caiu para 4,5%, enquanto o consumo dos governos recuou para 3,7%. Já os investimentos, tiveram uma queda de 1,7% em 2020. Entre essas formações brutas de capital, também houve baixas.
Em máquinas e equipamentos a aplicação recuou em -4,3%, já em produtos de propriedade intelectual, o percentual foi de -2,3%. Entretanto, apresentaram crescimento os grupos de construção, com 0,6%, e outros ativos fixos, com 1,9%.
Por fim, a pesquisa também indicou a necessidade de financiamento da economia em 66,6% em relação ao ano anterior, 2019, além do crescimento de 29,4% nos benefícios sociais recebidos pelas famílias, também em comparação com 2019.
Nos últimos dias, muito tem se falado sobre o salário mínimo de 2023. O tema tem sido pauta em muitas notícias, não só porque o próximo ano está chegando, mas também devido a proposta do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em conceder ganhos reais à remuneração.
Desde 2019, o salário mínimo não recebe um aumento real, isso porque, o cálculo foi alterado, sendo cotada apenas a taxa inflacionária do ano anterior. Desse modo, os trabalhadores e segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) só tem a reposição das perdas, mantendo assim o seu poder de compra.
Segundo informações, o salário mínimo que será proposto pela equipe de Lula é de R$ 1.320 para o ano que vem. Na prática, essa quantia representa um ganho 1,4% acima do piso nacional proposto no Orçamento enviado pelo governo Bolsonaro ao Congresso Nacional em agosto deste ano.
Todavia, ainda não foi definida a nova fórmula de cálculo do salário mínimo, mas, por considerar ganhos reais, é possível que sejam utilizados os mesmos indicadores que vigoraram entre 2006 e 2018, sendo eles o INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor) e o PIB (Produto Interno Bruto).