Durante a última segunda-feira, 19 de junho, ocorreu a publicação do contrato do IBGE com empresa que atuará como banca organizadora de seus dois próximos processos seletivos.
Desse modo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) busca ofertar um total de 7.548 vagas temporárias.
De acordo com o documento em edição do Diário Oficial da União, portanto, o IBGE selecionou o Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC) para atuar como banca organizadora do certame. Isto é, estando responsável pelas inscrições, aplicação das etapas seletivas e divulgação dos resultados finais do concurso público, por exemplo.
Assim, as vagas serão da seguinte forma:
- Agente de pesquisas e mapeamento, que exige nível médio terá 6.742 vagas;
- Supervisor de coleta e qualidade, de nível superior, ofertará 806 vagas.
Então, com a formalização do contrato, a próxima etapa será a divulgação do edital oficial do concurso. É por esse motivo que aqueles que desejam participar da seleção já devem se atentar e começar a se preparar.
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Além disso, o Instituto também já definiu quais serão as bancas das próximas oportunidades com autorização para este ano.
Bancas para outros concursos em 2023
Primeiramente, o Instituto Selecon deverá organizar a seleção para:
- Agente de pesquisa por telefone, de nível médio, com 276 vagas;
- Supervisor de pesquisa, de nível superior, com 49 vagas.
Ademais, o Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial Nacional (Idecan) organizará o concurso para:
- Codificador, de nível médio, com 120 vagas.
Assim como com o IBFC, o Instituto Selecon já foi contratado para coordenar o edital de agente censitário de mapeamento. Isto é, cargo de nível médio que conta com remuneração inicial de R$ 3.100.
Por meio de suas redes sociais, a banca já publicou que o edital que regulamenta o processo seletivo deverá ocorrer em breve.
Como o IBGE divulgou, o certame contará com provas a cidadãos que não foram contratadas nos últimos dois anos em outros processos seletivos da Lei nº 8.745/1993.
“Candidatos que tenham tido contrato com o IBGE precisam esperar 24 meses para serem contratados novamente, de acordo com a legislação em vigor”, pontuou.
Segundo as regulamentações do certame, os candidatos aprovados na seleção serão contratados por um período de um ano, podendo o mesmo ser estendido posteriormente.
Concurso para cargos efetivos está em pauta
A expectativa é de que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística receba a autorização para o lançamento de um edital para a contratação de servidores efetivos ainda durante este ano de 2023.
A informação é da líder do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, em coletiva de imprensa na última sexta-feira, 16 de junho.
Assim, a ministra relatou que o órgão acabou ficando ausente da lista recente da pasta. Contudo, o IBGE ainda pode ser contemplado através das novas autorizações.
“As vagas temporárias não substituem as vagas permanentes do IBGE. O fato de ter liberado o contrato temporário não diminui o fato do efetivo e vice-versa. Esse concurso deve sair em breve também, tá bem na boca pra sair”, pontuou a ministra, ao comentar sobre o processo de autorização já concedido para a liberação de 8.141 vagas temporárias.
De acordo com Dweck, o Governo Federal está priorizando a oferta de novas oportunidades ao nível superior. No entanto, o IBGE ainda poderá contar com vagas para carreiras de nível médio, segundo a ministra.
No mês de maio deste ano, o próprio Instituto destacou que efetuou a solicitação para a liberação de um edital com a oferta de cargos efetivos para a autarquia.
Assim, com encaminhamento ao Ministério de Planejamento e Orçamento, o documento contava com o pedido de liberação de 2.378 oportunidades efetivas, nas seguintes áreas:
- Analistas de planejamento, gestão e infraestrutura em informações geográficas e estatísticas: 412 vagas;
- Tecnologistas em informações geográficas e estatísticas: 467 vagas;
- Pesquisadores em informações geográficas e estatísticas: 11 vagas;
- Técnicos em informações geográficas e estatísticas: 1.488 vagas.
Recentemente, o IBGE frisou que, dentro dos últimos anos, o órgão vem sendo impactado negativamente com a diminuição expressiva no número de seus servidores.
IBGE possui cerca de mil saídas previstas
Recentemente, o presidente substituto do IBGE, Cimar Azeredo, comentou sobre a importância da realização de um novo processo seletivo ao órgão.
Durante a comemoração de 87 anos da criação do instituto, então, Azeredo relatou sobre a atual situação do IBGE. Ademais, ele destacou quais são as ações tomadas para contornar a falta de funcionários.
Na ocasião, o presidente da instituição destacou que cerca de mil servidores da autarquia já podem realizar a solicitação de suas aposentadorias.
“Precisamos continuar avançando. A direção do IBGE está trabalhando muito para conseguir isso e trabalhando de forma muito atenta. Precisamos do concurso público para o quadro efetivo. Temos hoje 3.940 servidores, sendo que 978, quase mil deles, poderão se aposentar a qualquer momento”, pontuou Cimar Azeredo.
Esther Dweck também comentou sobre a situação do instituto. A ministra, então, pontuou que, desde o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, existem setores com risco alto, tendo até 30% do seu quadro de servidores aptos para a solicitação da aposentadoria.
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“Desde que eu estava aqui, eu já acompanhava áreas que tinham muita gente em abono de permanência, com risco de aposentadoria, e a reforma da Previdência em 2019 acelerou. Áreas que já estavam com risco muito grande, com 30% da folha podiam se aposentar. IBGE e Banco Central, mas tem outras também”, destacou a ministra.
Censo 2022 evidencia falta no IBGE
Um dos maiores exemplos da situação que o IBGE enfrenta foi evidenciado no decorrer do Censo 2022. Isto é, visto que tinha previsão para acabar durante o ano passado. Agora, a coleta tem seus resultados finais aguardados para junho deste ano.
“Nosso maior desafio foi contratar recenseadores, planejamos contratar 180 mil e o máximo a que chegamos foi 120 mil. Também tivemos problemas no pagamento dos recenseadores por não termos testado o sistema antes”, relatou Cimar Azeredo.
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Portanto, com novos concursos será possível renovar o quadro de servidores do Instituto. Assim, a expectativa é de que esse aumento no quantitativo de pessoal tenha impacto positivo no serviço público. Isto é, visto que, assim, os servidores ficam menos sobrecarregados.