Entre tantos temas contundentes para se estudar história para vestibulares, ENEM e para o próprio conhecimento, está o surgimento do Estado Islâmico, também conhecido como Isis ou EI.
Entender o contexto de sua ascensão, as causas e os agentes envolvidos é primordial para se dar bem em avaliações importantes. Essa temática costuma cair bastante em questões sobre atualidades e até pode ser utilizada para argumentação em redações.
O Estado Islâmico, para quem não sabe, é um grupo terrorista fundamentalista islâmico sunita. Tem como principal interesse fundar um Estado entre o Iraque e a Síria, disseminando a “sharia”, que são leis islâmicas consideradas sagradas, provenientes do Al Corão.
Contexto Histórico
O Estado Islâmico surgiu no Iraque em 2003, após o início do governo de Saddam Hussein.À época, o país era dividido em três grupos étnicos e correntes religiosas:
- Curdos
- Xiitas
- Sunitas
Os Curdos são um povo que habitam regiões do Iraque, da Síria e da Turquia.
Os Xiitas e Sunitas são vertentes do islamismo, sendo que o Xiitas acreditam na sucessão hereditárias dos Califas,que são os sucessores do profeta Maomé, eles têm como base de leitura o Al Corão – o livro sagrados do islamismo.
Já os Sunitas discordam sobre a posição Xiita e acreditam que o Califa deveria ser escolhido por votação. Eles também usam outra fonte de leitura sobre Maomé: o Sun, um livro que tem uma interpretação mais profunda de resoluções não muito esclarecidas do Al Corão, segundo eles.
Governo Saddam Hussein e a perseguição entre os povos
O governo de Saddam Hussein que era Sunita, perseguia os povos Curdos e Xiitas. Com a invasão do Iraque em 2003 pelos americanos, um governo de coalizão surgiu.
Com a morte de Hussein e o governo na mão de Curdos e Xiitas, o povo Sunita passou então a ser perseguido. A partir disso surge o “Exército do Iraque” para resistir ao governo Curdo, Xiita e à invasão americana. Esse novo exército também é considerado o embrião do Estado Islâmico.
Fim da Guerra do Iraque e a Ascensão do Estado Islâmico
O tempo passou e as tropas dos EUA deixaram o Iraque em 2011, fazendo com que a perseguição contra os Sunitas fosse ainda maior.
Porém, um pouco antes em 2010, as manifestações populares da Primavera Árabe repercutiram em diversos países do Oriente Médio, em especial na Síria, governada pelo então presidente Bashar Al-Alssad.
Al-Alssad pertencia a uma das partes Xiitas, e por isso também reprimia veementemente a classe Sunita da população.
Um clima de tensão foi formado na Síria e acabou culminando em uma guerra civil com o surgimento de milícias rebeldes. O “Exército do Iraque” torna-se o “Exército do Iraque e do Levante”. Levante é uma área geográfica imprecisa no Oriente Médio, que reúne partes de diversos países, incluindo a Síria.
Expansão do EI
Em 2014, depois da expansão do território sírio, o líder Abdu Bakr Al-Baghdadi transformou o então exército em “Estado Islâmico do Iraque e do Levante” e proclamou a instituição do seu Califado.
O Califado é uma forma de governo no mundo islâmico, que baseia-se em uma monarquia chefiada pelo Califa como sucessor do profeta Maomé.
É através dele que serão aplicadas as leis islâmicas “Sharia” no território no qual ele comanda. Com isso, o Estado Islâmico tornou-se uma das instituições terroristas mais poderosas do Oriente Médio e ganhou vários inimigos.
O Combate ao Estado Islâmico
O Estado Islâmico têm inimigos de todas as partes, seja no Oriente Médio ou fora dele.
No Oriente Médio a principal oposição do Estado Islâmico é o próprio povo Curdo.
Mas vale dizer que o Estado Islâmico, desde 2017, vem perdendo território e força. Cidades importantes, que estavam sob seu domínio, como Mossul e Raqqa, foram tomadas.
Em 2019, o então líder Abu Bakr al-Baghdadi foi morto numa operação militar liderada pelos EUA. Isso estagnou o grupo em seus ataques e suas aparições.
Apesar disso, ainda existe o projeto de adquirir poder e combater quem eles acreditam ser inimigos da sharia e suas leis próprias através de atentados terroristas.
Esperamos que nosso conteúdo tenha lhe ajudado em seus estudos! Também confira outro artigo relacionado: Guerra do Paraguai: Os fatos mais importantes cobrados no ENEM