Os assassinatos em massa que aconteceram entre abril e julho de 1994 em Ruanda chocaram o mundo. O massacre étnico foi realizado pelo povo da etnia hutu contra os da etnia tutsi.
Um verdadeiro genocídio aconteceu em Ruanda, deixando milhares de mortos e famílias arrasadas. O acontecimento chocou o mundo pela crueldade e horror.
O genocídio em Ruanda poderá aparecer em provas de vestibulares, assim como no Enem. Por isso vale a pena ficar ligado no assunto, acompanhe!
Entenda o genocídio em Ruanda
Em Abril de 1994 o presidente hutu Juvenal Habyarimana de Ruanda foi assassinado em um voo enquanto estava voltando de uma viagem à Tanzânia. Em seguida, a primeira-ministra também morre assassinada por hutus da guarda presidencial.
A morte do presidente não foi esclarecida e os hutus acabaram culpando os tutsis pelo ocorrido. Por conseguinte, milícias hutu ordenaram que exterminassem todos os tutsis, os quais eles chamavam de “baratas”. Como premiação pelos assassinatos, os milicianos hutus, prometiam as propriedades das vítimas aos assassinos.
A caçada aos tutsis se inicia, sem dó e nem piedade, estima-se que os hutus assassinam entre 800 mil e 1 milhão de tutsis, o que representava em torno de 70% da etnia tutsi no país, usando todo o tipo de brutalidade que se possa imaginar.
A comunidade internacional não interviu no genocídio. Os Estados Unidos haviam sidos derrotados na Somália e por isso não intervieram em Ruanda.
Os belgas saíram de Ruanda após o assassinato de soldados belgas na tentativa de defender a primeira-ministra. A França também acabou retirando-se do país.
Apenas as Forças da manutenção da paz das Nações Unidas, ficaram em Ruanda. E ainda tiveram seu efetivo reduzido por pressões do EUA.
Os assassinatos em massa pararam quando a Frente Patriótica Ruandesa derrotou o Poder Hutu em julho de 1994. Colocando fim a um dos maiores genocídios da história.
Hutus x Tutsis – Quais as diferenças?
Os hutus e tutsis não possuem diferenças físicas ou linguísticas significativas. A diferenciação acontece por fatores econômicos e poder.
Em síntese, os tutsis tinham maior poder econômico por trabalharem com a pecuária, já os hutus dedicavam-se a agricultura.
Da mesma forma, os tutsis ocupavam os cargos mais altos do reino ruandês. Entretanto, os hutus tinham o direito de atuar como conselheiros.
Contudo, essa diferença econômica e de poder nunca estabeleceu uma restrição de relação entre as etnias. Visto que elas podiam se casar e construir uma família juntos, por exemplo.
No entanto, no começo do século XX quando os belgas passaram a dominar Ruanda, e implementaram um conceito de supremacia racial que vinha sendo difundido no continente europeu.
Desse modo, escolheram os tutsis como mais intelectuais e fortes que o hutus. Por consequência, os tutsis estavam na posição de privilegiados e os hutu acabaram marginalizados.
Essa diferenciação acabou acirrando os ânimos entre as etnias. Quando os belgas deixaram Ruanda na década de 60. Os hutus que eram maioria passam a governar o país, fazendo milhares de tutsis fugir para países vizinhos, formando a Frente Patriótica Ruandense.
A partir daí, estabelece-se diversos conflitos entre a Frente Patriótica Ruandense e o Poder Hutu. Até que em 1994 o presidente decide assinar um acordo de paz, o que deixou os hutus enfurecidos.
Contudo, após o atentado aéreo sofrido pelo presidente, os hutus comandaram um dos maiores genocídios da história. Atualmente, o governo de Ruanda proibiu falar sobre etnia no país, tentando evitar um novo derramamento de sangue.