A ditadura chilena é uma das mais conhecidas da América do Sul, principalmente por seu caráter sangrento e absolutista.
Por sua importância, consiste em um tema frequentemente cobrado em vestibulares do Brasil inteiro e no ENEM. Nem é preciso dizer que vale muito a pena ficar por dentro desse assunto, não é mesmo?
Acompanhe, então, um ‘resumão’ daqueles sobre o período e seu líder, Augusto Pinochet.
Ditadura chilena – Contexto
A ditadura chilena durou de 1973 a 1990 em uma época na qual o mundo vivia grandes tensões por causa da Guerra Fria, conflito ideológico e de poder protagonizado por duas potências: EUA e URSS.
E em decorrência disso, alguns países da América Latina, influenciados por um ideal de combate ao socialismo, acabaram sendo tomados por governos totalitários e ditatoriais por meio de golpes militares. O Brasil, a saber, fez parte disso.
Antecedentes
Na segunda metade do século XX, o Chile passava por um processo de crescimento da esquerda juntamente com as forças democráticas. Em meio a isso, Gabriel González Videla recebeu apoio de setores de esquerda, assim como liberais, justamente para promover o desenvolvimento do país.
Todavia, ao chegar no poder, o então presidente se posiciona do lado capitalista da Guerra Fria e se coloca contra os socialistas, gerando certa revolta em seus eleitores.
A saber, a economia chilena cresceu justamente pela abertura econômica para empresas estrangeiras, porém a população não estava contente com o governo.
Em decorrência disso, em 1970 foi eleito para presidência Salvador Allende, graças a união da esquerda com a chapa Unidade Popular. O então líder promove a estatização de empresas e uma política nacionalista com viés esquerdista.
Os EUA não aceitaram com bons olhos o governo de Allende e apoiaram movimentos de oposição ao seu governo. Até que em 1973 os militares chilenos deram um golpe militar resultando no assassinato de Salvador Allende.
Augusto Pinochet
Depois do golpe, os militares decidiram nomear Augusto Pinochet como presidente do Chile que assumiu de forma oficial em 17 de dezembro de 1974 e permaneceu até o ano de 1990.
Era o início de um governo autoritário, que perseguia opositores e esquerdistas nacionalistas. Ficou marcado por ser um governo que tentou satisfazer todos os interesses dos Estados Unidos.
É considerado por muitos especialistas como uma das mais duras e cruéis ditaduras da América do Sul, por atos violentos como sequestro, tortura e morte de milhares de pessoas.
Ao longo de 26 anos a população chilena viveu sob o medo da morte, da tortura e sofreu com uma enorme censura promovida pelo ditador Pinochet.
Já no início da década de 80, Augusto Pinochet promulgou uma constituição que estende seu governo por mais 8 anos até 1988. Ao fim desse período, contudo, haveria a realização de um plebiscito.
Nesse sentido, em 1988 o plebiscito ocorre e 56% dos chilenos optam pelo fim da ditadura. Em decorrência disso, as eleições presidenciais acontecem, de fato, em 1989.
Patricio Aylwin se elegeu presidente e assume o cargo de presidente em 1990. Pinochet seguiu como senador vitalício no Chile. E nos últimos anos de sua vida, foi acusado de diversos crimes contra os direitos humanos e enriquecimento ilícito. Porém, nunca houve julgamento por conta de seu estado de saúde debilitado.