Um juiz do Rio de Janeiro determinou que Renata Senna, filha do ex-agricultor Renê Senna, assassinado após ganhar na loteria em 2007, deveria ficar com metade da herança da Mega-Sena. Com isso, após anos de disputas judiciais, Renata poderá transferir pela primeira vez cerca de 43 milhões de reais para sua conta. A decisão publicada no mês passado foi divulgada há pouco. O processo encontra-se em estado de sigilo judicial. Entenda melhor na matéria desta quarta-feira (17) do Notícias Concursos.
Herança da Mega-Sena pode ser movimentada após mais de 10 anos de disputa
Condenada a 20 anos de prisão pelo assassinato do companheiro, a ex-cabeleireira Adriana Ferreira Almeida, é conhecida como a “Viúva da Mega-Sena”. Ela ainda tenta entrar na Justiça por causa da herança da Mega-Sena, confrontando-se com a família de Renê para ser confirmada como uma das herdeiras da outra metade das propriedades do ex-fazendeiro.
Em fevereiro de 2018, a 17ª Câmara Civil do Rio anulou a vontade de Renê de distribuir seu patrimônio para Adriana e sua filha. Na época, o juiz Elton Leme afirmou que o testamento era inválido porque a viúva foi “condenada por negligência à Renê e, portanto, não tem direito a herança”.
Segundo o Extra, o Tribunal Superior negou provimento ao recurso de Adriana de verificação de testamento a seu favor. Assim, reconheceu-se o testamento anterior, que deu aos nove irmãos de Renê o direito à outra metade dos bens. Ainda há pessoas apelando da decisão.
O crime e a condenação
Sena foi assassinado em janeiro de 2007, dois anos depois de ter ganhado um prêmio de 52 milhões de reais na Mega-Sena. A viúva cometeu o crime com um amigo e quatro ex-seguranças do milionário. Devido a uma deficiência física, Senna teve ambas as pernas amputadas devido ao diabetes. O ex-fazendeiro levou quatro tiros na cabeça em um bar de Rio Bonito (RJ).
Em 2016, Adriana foi condenada a 20 anos de prisão como mandante do crime. Segundo denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro, ela ofereceu recompensas aos cinco sócios que planejaram e cometeram o assassinato por ser ela a beneficiária direta dos bens do marido.
Em julho de 2009, Anderson Sousa e o funcionário público Ednei Gonçalves Pereira (Ednei Gonçalves Pereira) foram acusados ??de serem os autores do tiroteio e condenados a 18 anos de prisão pelo crime relacionado à herança da Mega-Sena. No processo, outro réu, amigo de Adriana, foi absolvido.