Quando o assunto é gramática da língua portuguesa, o uso dos porquês está entre as principais dúvidas de muitos vestibulandos e concurseiros.
É algo bem comum ter receio de cometer esse erro nas redações e respostas dissertativas.
Para ter certeza de qual empregar em cada situação, elaboramos um guia prático com exemplos simples. Acompanhe!
Por que – Separado e sem acento
Muito se fala sobre o por que separado e sem acento ser o que deve ser usado em caso de perguntas. E de fato é. Mas seu emprego vai muito além disso. Conheça todas as suas utilizações e exemplos:
“Por que” em frases interrogativas
É adotado em frases interrogativas diretas ou indiretas.
Frases diretas
Por exemplo:
- Por que ele não está aqui?
Frases indiretas
Por exemplo:
- Eu não sei por que ela não está aqui.*
*Apesar de ser uma afirmação, há um questionamento embutido na frase.
“Por que” substituindo a expressão “pelo qual”
Quando se quer dar o sentido de “pelo qual”, “pela qual”, “pelos quais” ou “pelas quais”, pode-se aplicar o por que separado e sem acento também.
Por exemplo:
- As estradas por que passei eram de terra.
- As estradas pelas quais passei eram de terra.
Isso é possível por ter presente em ambas as frases preposições (por / pelas) junto a pronomes relativos (que / quais).
Porque – Junto e sem acento
Conhecido por ser usado em frases afirmativas e respostas. Mas podemos destrinchar um pouco mais sobre o seu emprego em diferentes orações.
Gramaticamente, é classificado como uma conjunção, portanto, tem a função de ligar duas orações.
Por exemplo:
- Não fui à escola porque perdi a hora.
Perceba que a primeira oração “não fui à escola” está ligada à segunda oração “perdi a hora”.
Por quê – Separado e com acento
A regra é básica: sempre no final de frases, sejam elas afirmativas ou interrogativas.
Por exemplo:
- Você vai embora por quê?
- Ela esteve aqui ontem não sei por quê.
Porquê – Junto e com acento
É classificado como um substantivo e pode ganhar o sentido de “razão”, “causa” ou “motivo”.
Mas para que seja usado corretamente deve ser acompanhado de um artigo, pronome ou então um numeral. Ou seja, de um termo que, em gramática, chamamos de “determinante”.
Por exemplo:
- Ninguém sabe o porquê disso ter ocorrido.
- Revele pelo menos um porquê para isso ter ocorrido.
E então, gostou de conhecer todas as formas de usar os porquês? Essas regras, sem dúvidas, serão requisitadas em algum momento da vida, sobretudo em avaliações dissertativas e redações. Portanto, não deixe de anotar e praticar!