A Guerra da Cisplatina (1825 – 1828) foi um conflito armado entre o Império do Brasil, as Províncias Unidas do Rio da Prata e a população da Província Cisplatina pelo controle do território que hoje compreende o Uruguai.
Trata-se de um tema cotado para vestibulares de todo país, assim como no Enem. Por isso, vale a pena ficar ligado no assunto, veja!
Causas e consequências da Guerra da Cisplatina
A saber, o imperador Dom Pedro I alegava que a região pertencia a sua mãe, Carlota Joaquina. Entretanto, a população local contestava essa afirmação.
Ademais, a maioria da prata andina era escoada pelo estuário do Rio do Prata. Dessa forma, era uma interessante base econômica, além de fortalecer os poderes de D. Pedro I.
Entretanto, os enormes gastos financeiros por conta do conflito, acabaram arranhando ainda mais sua imagem e popularidade.
Contudo, ao final do conflito, a região acabou independente formando a Província Oriental del Río de la Plata, atualmente o Uruguai. Desse modo, nem o império brasileiro, nem as Províncias Unidas do Rio da Prata ficaram com a posse da região da Cisplatina.
Características
Uma das características do conflito, foi a dificuldade para formação de exércitos, sobretudo o Brasil que teve que recorrer ao recrutamento forçado, além da contratação de mercenários estrangeiros para guerra.
O exército do Império do Brasil contava com ao menos 10 mil homens. Já as Províncias Unidas do Rio da Prata contava com 800 homens, contudo, a população da região resolveu apoiar as Províncias Unidas no conflito, equiparando o número de combatentes.
Entretanto, o império brasileiro, contava com uma Marinha muito superior, tanto belicamente como em número de soldados.
Contexto histórico da Guerra da Cisplatina
O território começou a ser disputado por portugueses e espanhóis desde 1680, quando surgiu a Colônia do Santíssimo Sacramento foi criada.
Entretanto, o conflito acirrou-se mesmo em 1816, quando Dom João VI começa a incorporação do território. Todavia, em 1821, a Província Cisplatina é incorporada ao império.
Porém, ainda no império comandado por D. Pedro I, nasceu um movimento pela independência da província, culminando com a proclamação da independência em 1825, apoiados pelas elites da Província Unidas do Rio da Prata.
Assim sendo, em dezembro de 1825 o Império do Brasil declara guerra às Províncias Unidas. Desse modo, em 1826 o exército argentino, cruza o Rio da Prata e começam a conquista do território que pertencia ao Brasil. O império brasileiro, responde com o envio de tropas e mercenários para combater os cisplatinos.
Os anos seguintes foram de intensos combates, destaca-se a batalha de Monte Santiago (1827) com vitória do exército brasileiro, em contrapartida Fructuoso Rivera tomava de assalto o Território do Sete Povos das Missões em 1828.
Contudo, a Colônia de Sacramento, assim como Montevidéu, estavam sob domínio do Brasil. Além disso, a batalha naval, com bloqueio a cidade de Buenos Aires, enfraqueceu ainda mais as forças das Províncias Unidas.
Enfim, devido a forte pressão francesa e britânica para que o conflito chegasse ao fim, ambas as partes envolvidas no conflito assinam a “Convenção Preliminar de Paz” em 27 de Agosto de 1828, na cidade do Rio de Janeiro, reconhecendo a independência da República Oriental do Uruguai.