De férias até a próxima sexta-feira (08), o ministro da Economia, Paulo Guedes, foi convocado de última hora para ir a uma reunião no Palácio do Planalto. A convocação foi feita pelo presidente Jair Bolsonaro que também convocou outros 16 ministros para reunião.
O encontro aconteceu após duas declarações dadas por Bolsonaro na terça-feira (05). As falas chamaram a atenção de todos e contaram também com manifestação de economistas.
1 – Bolsonaro afirma que Brasil está quebrado e que não consegue fazer nada
2- VEJA: justificativa de Bolsonaro para o desemprego
O encontro, porém, foi fechado apenas para os ministros e não estava na agenda oficial, do Palácio do Planalto, na noite anterior. A reunião começou por volta das 8h e terminou 1h30 depois.
A Presidência da República não informou qual o motivo da reunião de última hora e nem quais os assuntos tratados durante a reunião. Apenas a lista de presença foi divulgada uma hora depois. A lista pode ser conferida no final desta publicação.
Além dos 17 ministros presentes, o presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, também esteve presente na reunião. Outros seis ministros como Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Roberto Campos Neto (Banco Central), não compareceram à reunião.
Guedes estava de férias em Brasília devido a pandemia do coronavírus.
Crítica a Guedes?
Economistas não viram a declaração de Bolsonaro como uma crítica a Guedes. Porém o declarado agora vai na contramão de falas anteriores, onde o ministro da Economia defendia que o Brasil estava em recuperação econômica.
“Veio um pouquinho abaixo do esperado, mas o fato é que a economia está voltando em V, realmente está voltando”, declarou Paulo Guedes após a divulgação do crescimento da economia no terceiro semestre.
O termo “retomada em v” é utilizado para exemplificar que após uma grande queda, a economia está avençando na mesma velocidade.
Repercussão
Economistas virar com preocupação a fala do presidente. De acordo com eles, a declaração impulsiva poderia trazer resultados negativos ao país.
“Não é papel do presidente fazer uma declaração equivocada e por impulso de que o país está quebrado. O que vai pensar um investidor? O papel do presidente é liderar um conjunto de reformas em articulação com o Congresso para livrar o país desse destino de insolvência interna. E isso requer liderança”, afirmou ao G1, o ex-ministro da Fazenda do governo José Sarney, Maílson da Nóbrega.
Ele também destacou que o Brasil não está “quebrado” como disse o presidente e que o Brasil está “confortável” na questão internacional.
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