Neste sábado, 17 de outubro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou que o Governo manterá o compromisso de limitar os gastos públicos abaixo do teto. Segundo o chefe da pasta, a medida será adotada mesmo que seja preciso abandonar o novo programa social, o Renda Cidadã.
Segundo Guedes, é melhor deixar Bolsa Família como está do que criar ampliar e criar um novo programa que não tenha sustentabilidade fiscal.
“Se não conseguirmos encontrar espaço para fazer um programa melhor, vamos voltar ao Bolsa Família. É melhor voltar ao Bolsa Família do que tentar fazer um movimento louco e insustentável”, afirmou.
Guedes revelou que o governo não vai ser populista e também garantiu que o substituto do Bolsa Família será fiscalmente sustentável, dentro da regra do teto de gastos.
“Não tem truque”, afirmou Guedes. Ele salientou que maiores transferências de renda poderiam ser viabilizadas com cortes em subsídios e deduções de classes de renda mais alta. “Não tem nenhuma discussão sobre o teto (dos gastos)”, disse Guedes.
Orçamentos
Bolsa Família
- Atendidos: 14,2 milhões de famílias
- Valor pago: R$ 190 (em média)
- Orçamento original em 2020: R$ 32 bilhões
Auxílio emergencial
- Atendidos: 67,2 milhões de pessoas (até agosto)
- Valor pago: R$ 600 de abril a agosto e R$ 300 de setembro a dezembro (famílias monoparentais femininas recebem em dobro)
- Orçamento em 2020: R$ 321,8 bilhões
Renda Cidadã (previsão anterior)
- Atendidos: 20 milhões de famílias
- Valor pago: cerca de R$ 240
- Orçamento: R$ 57,6 bilhões
Renda Cidadã (nova previsão em discussão)
- Atendidos: ao menos 17,2 milhões de famílias
- Valor pago: cerca de R$ 240
- Orçamento: ao menos R$ 49,5 bilhões
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