Um grupo de trabalhadores se reuniu na frente do Congresso Nacional nesta quarta-feira (26). Em pauta estava justamente o Auxílio Emergencial. Os manifestantes pediram para que o Governo Federal aumentasse os valores do programa para R$ 600.
Vale lembrar que o Auxílio Emergencial está pagando parcelas que variam entre R$ 150 e R$ 375. De acordo com setores da oposição, esse dinheiro não seria suficiente para pagar nem uma cesta básica nas principais cidades do país. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, por exemplo, esses valores costumam passar dos R$ 600 com facilidade.
Então os manifestantes decidiram usar justamente cestas básicas para formar um grande número 600 no gramado que dá acesso ao Congresso Nacional. Eles afirmam que desse jeito poderiam chamar atenção dos Deputados e dos Senadores para a causa em questão.
De acordo com os organizadores, que fazem parte de grupos sindicais, eles usaram cerca de três toneladas de alimentos. Todos eles são de caráter agroecológico e vieram justamente de lavouras destes trabalhadores. Logo depois do movimento, eles doaram as cerca de 600 cestas básicas para catadores de material reciclável. Foi um repasse.
O Governo Federal, no entanto, não respondeu ao protesto específico. No entanto, o Palácio do Planalto vem dizendo que não pode aumentar o valor do Auxílio Emergencial por uma questão de respeito com as contas públicas. Eles dizem ainda que estão trabalhando em novos projetos para o segundo semestre deste ano. Algo novo.
Protesto em Brasília
Representantes de vários setores da sociedade estiveram no protesto em questão. Um deles, aliás, foi Sérgio Nobre, que é Presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT). “É mentira essa história de que não tem dinheiro, de que o país vai quebrar, porque o benefício é investimento para combater a pandemia e melhorar a economia”, disse o sindicalista em entrevista para jornais.
Alguns Deputados Federais também participaram do movimento em questão. Gleisi Hoffmann (PT-PR), Talíria Petrone (PSOL-RJ), Bohn Gass (PT-RS), Alice Portugal (PC do B-BA), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), e o Senador Paulo Rocha (PT-PA) estavam por lá.
“Participei do ato simbólico das Centrais Sindicais em Brasília, a favor da renda emergencial de 600,00, vacina para todos e geração de empregos. As Centrais também entregaram a pauta de interesse dos trabalhadores à direção do Congresso Nacional. Dia 29 tem mais atos”, disse Gleisi em seu perfil oficial do Twitter.
Auxílio Emergencial
Logo depois deste protesto, os representantes das centrais sindicais conseguiram se encontrar com autoridades do Congresso Nacional. No final da manhã, eles tiveram uma reunião com o vice-presidente da Câmara Federal, Marcelo Ramos (PL-AM).
Eles não divulgaram muitos detalhes deste encontro ainda. O que se sabe, no entanto, é o grupo entregou um documento cheio de reivindicações para o Deputado. De acordo com os representantes da centrais, esses ofícios pedem a manutenção de uma série de “direitos trabalhistas”.
Movimentos sociais também estão organizando outras manifestações para pedir o aumento do valor do Auxílio Emergencial para a casa dos R$ 600. No entanto, de acordo com informações de bastidores, é muito pouco provável que o Governo ceda a uma possível pressão popular neste momento.