Greve nos aeroportos? Governo trabalha para evitar situação

Greve nos aeroportos? Governo trabalha para evitar situação

Novo ministro de Portos e Aeroportos vai começar a conversar com aeroportuários para tentar evitar uma greve no final do ano

Entramos oficialmente no último trimestre do ano de 2023, e muita gente já está começando a se planejar para as tradicionais viagens para rever amigos, familiares ou até mesmo para conhecer novos lugares. Neste sentido, há sempre um ponto de preocupação: e se os profissionais que atuam nos aeroportos entrarem em greve mais uma vez?

Paralisações de aeroviários são cada vez mais comuns sobretudo nos meses dezembro e de janeiro. Tais trabalhadores escolhem justamente esta época do ano para tentar chamar atenção das empresas, já que a grande maioria das viagens são realizadas neste período de tempo. Para quem vai viajar, há sempre um risco de atrasos, cancelamentos e outros transtornos.

Governo analisa situação da greve

Para que o cenário do ano passado não se repita em 2023, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos) disse nesta segunda-feira (2) que já está conversando com representantes dos trabalhadores. A ideia é iniciar as conversas agora, para que no final do ano os empregados não realizem estas paralisações.

“Hoje, os principais aeroportos no Brasil são privatizados. E tem a Infraero. Então vamos dialogar e ver o que pode ser construído”, disse o novo ministro de Portos e Aeroportos, em entrevista divulgada pelo jornal O Estado de São Paulo. “É importante registrar que as companhias aéreas, no Brasil e no mundo, são do setor que mais sofreu com a pandemia”, completou ele.

Greve nos aeroportos? Governo trabalha para evitar situação
Greves em aeroportos são mais comuns nos últimos meses do ano. Imagem: Jose Cruz/Agência Brasil

Low Cost

Outro ponto citado pelo novo ministro na entrevista foi a confirmação da ideia de que o Brasil quer trazer para o mercado nacional as chamadas empresas Low Cost, ou seja, de baixo custo em uma tradução livre. Tratam-se de companhias que oferecem viagens mais baratas para os consumidores. Em compensação, os aviões contam com menos conforto para os viajantes.

“Eu acho que 2023 e 2024 serão anos da consolidação das companhias aéreas no Brasil. Paralelamente, estamos trabalhando para trazer novos voos e companhias aéreas low cost, para ampliar a malha viária brasileira”, afirmou Silvio ao jornal O Estado de São Paulo.

Passagem a R$ 200

Em uma outra entrevista, divulgada já depois de assumir o cargo, o ministro Silvio Costa Filho confirmou que vai seguir com a ideia do seu antecessor Márcio França (PSB) de criar o programa Voa Brasil. Trata-se do projeto que prevê a disponibilização de passagens aéreas a R$ 200 para qualquer trecho.

Para além de confirmar a continuidade do projeto, Sílvio Costa Filho disse que vai tentar aumentar o público alvo que poderá ser atendido pelo projeto de barateamento das passagens, e incluir também os estudantes bolsistas do Prouni.

“Estamos vendo se é possível acrescentar alunos do Prouni, que muitas vezes querem fazer um concurso público em outros estados e não têm como pagar”, falou Costa Filho. A nova proposta ainda não chegou à Casa Civil, segundo informações de bastidores colhidas pelo portal R7.

O Prouni é um programa gerido pelo Ministério da Educação, e que oferece bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação em instituições de ensino privadas. Tais alunos também podem usar estas bolsas para participar de sequenciais de formação específica, também em instituições particulares.

Vale lembrar que inicialmente o plano era fazer com que este programa atendesse apenas os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Outra possibilidade de ampliação do programa também está sendo analisada pelo novo ministro. Ele quer fazer com que o Voa Brasil também inclua viagens internacionais, considerando o mesmo público estudantil. “Estamos trabalhando isso também com as companhias”, disse o ministro.

“O aluno de escola pública que quer fazer um curso em Cambridge, em Harvard, não tem condições de fazer. Essa pode ser uma proposta que venha a surgir nesse programa. Estamos trabalhando com as companhias aéreas para fazer um belo programa”, disse Silvio Costa Filho. A ideia inicial do projeto era permitir a liberação da passagem de R$ 200 apenas para as viagens internas.

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