GREVE NO INSS: Servidores prometem paralisação e assustam Lula; veja data

GREVE NO INSS: Servidores prometem paralisação e assustam Lula; veja data

Servidores do INSS prometem paralisação geral, caso governo não libere o reajuste pedido pela classe em 2024

O governo e os servidores até tentaram, mas não conseguiram chegar em um acordo. Depois de meses de muita negociação, nada ficou decidido sobre os pedidos de reajuste para os trabalhadores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).Por isso, uma greve pode estar se aproximando.

Os servidores ameaçam iniciar a nova greve na próxima terça-feira (16). O motivo: os trabalhadores querem o reajuste para esse ano de 2024. O governo, por sua vez, acredita que o reajuste já foi dado no ano passado, e entende que não é preciso aplicar um novo reajuste esse ano, muito em função do respeito ao impacto fiscal.

“É uma negociação. É claro que a proposta dada pelo governo melhorou. É uma proposta importante. É uma proposta que, somada ao que foi feito no ano passado pelo presidente Lula, será em 25 e 26 maior que a inflação”, argumentou o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.

“Obviamente que todos estão ansiosos porque ficaram muito tempo sem ter sequer negociação. Não havia mesa de negociação”, prosseguiu Stefanutto.

O impacto da greve

Uma nova greve do Instituto Nacional do Seguro Social preocupa não apenas o governo federal. As pessoas que solicitaram entrada em benefícios previdenciários também devem estar preocupadas nesse momento. Isso porque uma nova paralisação pode afetar a concessão de aposentadorias, além de análises de seguro-desemprego e auxílio-doença.

Além disso, uma greve nesse momento também pode prejudicar o pente-fino em auxílios, que foi prometido pelo próprio governo federal na última semana. Em entrevista recente, o ministro da Previdência, Carlos Lupi, anunciou uma grande avaliação nas contas dos usuários. Pois é justamente essa avaliação que pode estar em risco, caso a greve seja
deflagrada.

GREVE NO INSS: Servidores prometem paralisação e assustam Lula; veja data
Ministro da Previdência confirmou pente-fino ainda na última semana. Imagem: Joedson Alves/ Agência Brasil

O que disse o ministro da Previdência

“Não é bem revisão de benefícios: é uma checagem de possíveis irregularidades, porque só pode rever aquilo que você tem certeza. Então, a gente tem que primeiro checar, ver onde estão essas irregularidades, como foram cometidas”, disse Lupi

Todo mundo que tem mais dois anos de benefício, que não é o permanente, é o temporário, ele tem necessidade de fazer um novo exame para saber se ele continua tendo aquele direito. Então isso já está começando a ser organizado. Isso vai dar em torno de 800 mil pessoas, um pouquinho mais, um pouquinho menos, que poderão ter que fazer essa nova perícia para confirmar o nosso benefício”, disse o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi.

“Estamos começando um sistema de triagem, de apuração, de possíveis irregularidades para corrigir rumos. De dois em dois anos, se pode fazer isso. [Vai ser] principalmente nos benefícios temporários, alguns erros que se pode cometer, terem sido cometidos e, principalmente, coibindo sempre ações inescrupulosas de intermediários’, acrescentou o ministro.

Antes, o presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, já tinha confirmado a realização da super revisão.

“Vamos verificar isso somente fazendo a revisão. Mas certamente há espaço. Vamos melhorar também nossa cobrança administrativa, para que aquele que recebeu benefício errado, por fraude ou equívoco, nos devolva mais rápido, visando o equilíbrio das contas públicas”, disse ele.

Desvinculação do INSS

A ameaça de greve acontece justamente em um momento em que o governo discute uma suposta desvinculação do salário mínimo. Este sistema pode fazer com que alguns dos principais benefícios previdenciários pagos pelo INSS tenham uma perda do poder de compra.

Embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já tenha dito que não vai prosseguir com a proposta de de desvinculação, o fato é que a equipe econômica ainda acredita que pode reduzir o tamanho do aumento de alguns benefícios previdenciários como BPC, o seguro-desemprego e o auxílio-doença, por exemplo

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