A cesta básica ficou mais barata em sete dos oito locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE) em julho. Com isso, os brasileiros conseguiram economizar um pouco nos supermercados, em relação a junho, ao menos na maioria dos locais pesquisados.
Em resumo, o levantamento revela o valor da cesta básica em oito cidades brasileiras. A saber, os dados fazem parte da plataforma Cesta de Consumo HORUS/ FGV Ibre.
No mês passado, o único lugar onde os preços subiram foi em Curitiba (3,1%). Por outro lado, os valores da cesta básica caíram nos demais locais: Rio de Janeiro (-9,1%), Salvador (-6,0%), Brasília (-5,9%), Manaus (-5,0%), Belo Horizonte (-4,8%), São Paulo (-3,1%) e Fortaleza (-0,6%).
Veja os valores das cestas básicas nas capitais
Após o acréscimo das variações de julho, o ranking nacional teve uma grande mudança em relação aos meses anteriores. A cesta básica mais cara do país deixou de ser a do Rio de Janeiro, que estava na primeira posição há meses.
Em julho, a cesta de consumo básico na capital fluminense foi a segunda mais cara do país. em relação a maio. Confira abaixo o valor da cesta em cada local pesquisado em julho:
- São Paulo: R$ 825,55;
- Rio de Janeiro: R$ 812,36;
- Fortaleza: R$ 719,16;
- Curitiba: R$ 716,34;
- Salvador: R$ 672,25;
- Brasília: R$ 688,29;
- Manaus: R$ 641,72;
- Belo Horizonte: R$ 565,48.
No mês de julho, a cesta básica de São Paulo foi a mais cara do país, ultrapassando o Rio de Janeiro e assumindo a liderança nacional. Além disso, outras mudanças também ocorreram no mês, com destaque para a oscilação de Curitiba, única capital a registrar aumento dos preços no mês passado.
A capital paranaense subiu do sexto para o quarto lugar. Já Fortaleza subiu para o top três, ultrapassando Brasília, que caiu duas posições, para o quinto lugar. Já na parte de baixo da tabela, Belo Horizonte teve a cesta mais barata em todos os meses de 2023.
A última vez que outra capital apresentou o menor preço do país foi em dezembro do ano passado, quando os consumidores de Manaus aproveitaram valores mais acessíveis que os mineiros.
Cesta de consumo ampliada
A pesquisa da FGV também revelou o valor da cesta de consumo ampliada nos oito locais pesquisados. Nesse caso, os preços também caíram em sete locais, exceto em Curitiba (1,6%).
Em síntese, as reduções foram as seguintes: Rio de Janeiro (-10,7%), Belo Horizonte (-7,8%), Brasília (-4,4%), Salvador (-4,4%), Manaus (-4,3%), São Paulo (-3,0%) e Fortaleza (-0,8%).
Após essas variações, as cestas de consumo ampliadas atingiram os seguintes valores em julho:
- Rio de Janeiro: R$ 1.858,93;
- São Paulo: R$ 1.892,51;
- Brasília: R$ 1.703,16;
- Fortaleza: R$ 1.653,50;
- Salvador: R$ 1.607,00;
- Curitiba: R$ 1.710,86;
- Belo Horizonte: R$ 1.508,87;
- Manaus: R$ 1.419,60.
Na passagem de junho para julho, a principal mudança também se referiu a São Paulo, que assumiu a liderança nacional, ultrapassando o Rio de Janeiro. Em suma, isso aconteceu devido à forte queda nos preços na capital fluminense, de mais de 10%.
Curitiba também se destacou como o único local onde os preços subiram em relação a junho. Com isso, a capital paranaense saltou do sexto para o segundo lugar, pesando cada vez mais no bolso dos consumidores locais. Já Brasília, Fortaleza e Salvador caíram uma posição com a disparada de Curitiba.
Na parte de baixo do ranking, Manaus continuou com a cesta de consumo ampliada mais barata do Brasil, mantendo uma distância confortável de Belo Horizonte.
Itens reduzem preço da cesta de consumo
Alguns itens exerceram fortes impactos no valor da cesta de consumo no país em julho, com destaque para óleo, margarina, massas alimentícias secas, frango, farinha de mandioca, leite UHT, feijão, ovos e açúcar. Entre os 18 itens pesquisados pelo FGV IBRE, estes alimentos ficaram mais baratos em todos os locais.
“A queda no preço dos alimentos, em geral, é reflexo de diversos fatores, como a redução nos custos de produção, além do aumento da oferta e consequente queda nos preços das commodities, tendo, inclusive, resultado na primeira deflação de 2023 de -0,08%, medida pelo IPCA/IBGE“, explicou o FGV IBRE.
Por fim, a entidade também ressaltou a queda nos preços do óleo, da margarina e do açúcar, que é reflexo da safra recorde de soja, milho e açúcar. “Os recordes da safra de grãos, que são os principais insumos para alimentação animal, reduziram os custos de produção que refletem na queda do preço das proteínas animais (bovino, suíno e aves) e seus derivados, como o leite UHT e ovos“, avaliou o FGV IBRE.