Governo vai contratar quase mil militares da reserva para o MEC em março
No próximo mês, o Ministério da Educação vai realizar as primeiras contratações de militares da reserva para atuarem em escolas cívico-militares
No próximo mês, o Ministério da Educação vai realizar as primeiras contratações de militares da reserva para atuarem em escolas cívico-militares. Segundo a pasta, serão, ao todo, 972 “reincorporados” aos quadros do governo federal, sendo uma parte de corporações do Estado e outras das Forças Armadas.
O Governo Federal, para implantar o sistema de educação, estima desembolsar R$ 28 milhões anuais. Do valor total, 52% será apenas para custear a folha de pagamento.
Cada militar vai custar, em média, R$ 28,8 mil ao governo por ano, isso sem levar em consideração a remuneração paga pela reserva.
Apesar de aumentar o gasto, o MEC afirmou que as instituições custarão menos que escolas mantidas pelo Exército, as quais têm mais despesas que as unidades de ensino da rede pública regular.
De acordo com o governo, serão contratados até 18 militares para cada uma das 54 escolas participantes do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), sendo 16 praças e dois oficiais.
Para este ano, 54 escolas vão integrar o projeto-piloto do novo programa — cada unidade receberá R$ 1 milhão para implementar o formato, segundo o MEC. Até 2023, serão 216 instituições com esse modelo em todo o Brasil.
Chamamento
Para atrair mais oficiais, o Ministério da Defesa, parceiro do MEC, realiza um chamamento para militares reformados da Aeronáutica atuarem nos colégios. O militar interessado tem até o dia 16 de fevereiro para enviar a ficha de inscrição para as Organizações Militares (OM) vinculadoras ou para o e-mail (pecim.comgep@fab.mil.br).
A seleção dos militares inativos a serem contratados pelas Forças Armadas terá quatro fases: inscrição de candidatos, pré-seleção, análise das qualificações e contratação dos habilitados.
Em nota, o Ministério da Defesa afirmou que “as contratações de 509 militares de diversos postos e graduações” obedecerão ao orçamento anual de R$ 28 milhões ao ano.
Os contratos dos militares inativos para o programa vai ter duração de até 12 meses, com possibilidade de prorrogação por igual período, caso haja necessidade das escolas.