Governo quer manter auxílio de R$ 300 sem precisar passar pelo Congresso
Para alterar o valor das parcelas do auxílio emergencial, Congresso deve aprovar a mudança
O governo de Jair Bolsonaro (sem partido) atualmente está criando uma forma de estratégia para que o auxílio emergencial seja prorrogado com parcelas de R$ 300 sem que seja necessário passar pelo Congresso Nacional. Por causa da lei do auxílio, qualquer mudança no valor das parcelas precisa ser aprovada pelo Congresso. A notícia foi veiculada com exclusividade pela Globo News.
O jornalista Nilson Clava, da Globo News, informou que o governo tem estratégia que pode ser dividida em duas etapas. Na primeira etapa, o governo pretende prorrogar o auxílio com Medida Provisória (MP), que tem validade imediata. Essa medida seria tomada para evitar o desgaste na popularidade de Bolsonaro, já que há a possibilidade da oposição do governo apresentar emenda tentando alterar a parcela proposta de R$ 300.
Com uma Medida Provisória, não seria necessária uma votação para que o pagamento do auxílio fosse liberado. A validade de uma Medida Provisória é de 120 dias. Ou seja, a medida não precisaria ser votada no Congresso antes das quatro parcelas da prorrogação serem pagas.
A segunda etapa da estratégia do governo Jair Bolsonaro tem sido a intensificação das conversas do presidente com parlamentares. Na última terça-feira (01), por exemplo, ocorreu reunião do presidente com líderes de vários partidos para anunciar as parcelas de R$ 300. Quarta-feira (02), aconteceu café da manhã de Bolsonaro com Luís Eduardo Ramos, ministro da articulação política, e com a bancada do partido Republicanos, do “centrão”. A estratégia de conversar com parlamentares antes de fazer anúncio foi vista com bons olhos.