Os concursos federais no Brasil podem estar prestes a mudar completamente de formato. Isso porque o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGISP) está planejando unificar as provas de concursos inspirado no ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio).
A proposta deve ser apresentada oficialmente pela ministra da pasta, Esther Dweck, nesta sexta-feira, 25.
Em entrevista à colunista Mônica Bergamo ao Jornal Folha de São Paulo, a ministra informou que as provas seriam compostas por questões de conhecimentos gerais e específicos na área de interesse do candidato, com formato parecido ao do ENEM, mas com o objetivo de reduzir os custos com a aplicação das provas.
“Ainda estamos em discussões, muitos órgãos que realizam concursos têm mostrado interesse, mas os detalhes ainda não foram definidos. O modelo não está finalizado, porém já temos várias abordagens consideradas para apresentar”, explicou Dweck à Folha de São Paulo.
Segundo um estudo realizado pelo IPEA (Instituto de Pesquisas Aplicadas), o novo formato de provas para concursos federais poderia ser aplicado em até 180 cidades, com foco nas regiões Sudeste, Norte e Nordeste.
Ainda de acordo com a ministra, a proposta de unificar os concursos públicos ainda será levada a outros ministérios para ser avaliada e melhorada.
A Advocacia Geral da União (AGU) também será consultada para analisar a legalidade do projeto.
Ao todo, mais de 8 mil vagas em concursos públicos já foram autorizadas desde o inicio do ano.
As primeiras vagas autorizadas foram para os concursos de analista, tecnologista e pesquisador no Ministério da Ciência e Tecnologia, com um total de 814 vagas.
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima recebeu aval para um concurso com 98 vagas para o cargo de analista ambiental.
Já a Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) ganhou autorização para realizar um certame com 502 vagas de diversos cargos.
Em junho deste ano foram autorizadas vagas para os seguintes ministérios:
Já no dia 18 de julho foram anunciadas mais 2.480 vagas para os seguintes órgãos:
De acordo com o governo federal, além desses concursos para cargos efetivos, a ministra Esther Dweck também já havia assinado portaria autorizando o IBGE a realizar processo seletivo destinado ao suprimento de 8.141 vagas de contratação temporária. Com as novas autorizações, no total, são 8.146 vagas efetivas e 8.141 temporárias.
A decisão da escolha dos órgãos que terão concursos neste ano levou em consideração, segundo o próprio governo, os seguintes parâmetros:
Após a publicação das autorizações, cada órgão terá seis meses para realizar todo o trâmite que envolve um concurso público, desde a escolha da banca até a publicação do edital.
Com a publicação do edital, as datas das provas, obrigatoriamente, devem ser agendadas para os dois meses subsequentes.