Paulo Guedes, ministro da Economia, tentou incluir um novo imposto na proposta da reforma tributária. Esse novo imposto seguiria os moldes da antiga CPMF. Em reunião com Jair Bolsonaro, líderes da base de apoio afirmaram que, em ano eleitoral, será impossível “ganhar a narrativa” da criação desse novo imposto.
A CPMF existiu até 2007 e cobria os gastos do governo com projetos de saúde. Esse imposto era de alíquota de até 0,38% por cada operação. Em 2015, o governo de Dilma Rousseff cogitou voltar com o tributo, mas isso não aconteceu.
A ideia de Paulo Guedes é criar um novo tributo com base mais ampla que a antiga CPMF, com alíquota de 0,2%. Esse novo imposto seria cobrado tanto na entrada quanto na saída de recursos. Rodrigo Maia, presidente da Câmara, já afirmou ser contra a criação da “nova CPMF”.
De acordo com o Estadão, os líderes dos partidos deixaram claro para Bolsonaro que desejam uma reforma que simplifique os impostos, e não aumente a carga tributária. Uma das lideranças que participou da reunião, de acordo com o Estadão, afirmou que uma “nova CPMF morreu”, porém a intenção da reforma continua ativa. Ricardo Barros, líder do governo na Câmara, admitiu que ainda não há acordo sobre a reforma tributária.