A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, anunciou nesta quinta-feira (22), em Brasília, a realização do mutirão nacional de renegociação de dívidas voltado ao pagamento de débitos de consumo. O evento está programado para ocorrer na segunda quinzena de julho deste ano.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, divulgou a iniciativa que visa auxiliar os consumidores superendividados a regularizarem suas pendências financeiras. Essa ação faz parte do decreto 11.567, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última segunda-feira (19), que estabeleceu a realização periódica de mutirões para essa finalidade.
O decreto mencionado ainda elevou o valor mínimo da renda mensal existencial de R$ 303 para R$ 600 para os superendividados, categoria que engloba indivíduos que enfrentam dificuldades em quitar dívidas e manter o mínimo necessário para sobrevivência.
O principal objetivo dessa medida é proteger os consumidores superendividados, garantindo que eles não comprometam a quantia necessária para o pagamento de despesas básicas, como água e luz. Com o mutirão nacional de renegociação de dívidas, a Senacon busca proporcionar uma oportunidade de negociação e regularização das pendências financeiras desses consumidores, permitindo que eles possam restabelecer sua situação econômica de forma sustentável.
Como já dito anteriormente, esse mutirão nacional de renegociação de dívidas será o primeiro de uma série de eventos que serão realizados periodicamente, conforme previsto no decreto presidencial. A expectativa é de que essa iniciativa traga alívio financeiro para milhares de consumidores em todo o país, contribuindo para a melhoria de sua condição econômica e qualidade de vida.
A Senacon, juntamente com os órgãos de proteção ao consumidor, estará empenhada em promover essa ação de renegociação de dívidas, buscando facilitar acordos e propor soluções viáveis para os consumidores superendividados.
O mutirão nacional de renegociação de dívidas representa um importante passo na construção de um ambiente mais equilibrado e justo nas relações de consumo, visando o bem-estar dos cidadãos brasileiros.
De acordo com o ministro Flávio Dino, as empresas credoras deverão participar dos mutirões. “A participação dos credores é obrigatória. Não é uma possibilidade, é uma obrigação. Os credores, uma vez convocados pela justiça ou pelo Procon, são obrigados a participar, sob pena de haver um arbitramento desse novo plano de pagamento, sempre preservando o mínimo existencial, que antes era de R$ 303 e, agora, é de R$ 600, melhorando, assim, a proteção aos direitos básicos dos cidadãos”, disse.
A inadimplência é um problema recorrente no Brasil e afeta tanto os consumidores quanto as empresas. Trata-se da incapacidade de honrar compromissos financeiros, como o pagamento de dívidas, empréstimos ou contas em atraso. Esse cenário cria uma série de desafios e impactos econômicos significativos para o país.
As consequências da inadimplência são diversas. Para os consumidores, a restrição ao crédito é uma das principais. Aqueles que estão inadimplentes têm dificuldade em obter novos empréstimos, financiamentos ou até mesmo abrir contas bancárias.
É importante ressaltar que a solução da inadimplência no Brasil requer um esforço conjunto de diversos atores, incluindo governo, instituições financeiras, empresas e a própria sociedade. A conscientização dos cidadãos, a promoção de políticas públicas eficientes e a oferta de condições favoráveis para a regularização de dívidas são aspectos fundamentais para solucionar esse problema.