O Governo Federal deverá anunciar nesta quinta-feira (16) um novo reajuste em bolsas de pós-graduação. A informação já foi confirmada por senadores do PT por meio de suas redes sociais. A expectativa é de que a elevação possa ter uma média de 40%, mas os valores variam a depender de cada caso.
“Hoje, às 15h, o presidente Lula, o ministro Camilo Santana (Educação), e a ministra Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) vão anunciar o aumento de 40% no valor das bolsas de pós-graduação. Dia importante para educação, pesquisa e ciência”, disse a senadora Teresa Leitão (PT) por meio das suas redes sociais.
“O aumento é aguardadíssimo por toda a comunidade científica. Foram dez anos sem nenhum reajuste. Lula anunciará a expansão da oferta de bolsas. Hoje, as bolsas de mestrado são em torno de R$ 1,5 mil, e as de doutorado, de R$ 2,2 mil. Agora serão de R$ 2.1 mil e R$ 3,1 mil”, completou a parlamentar.
O Palácio do Planalto deverá anunciar também um aumento no número de bolsas concedidas tanto para sistema de CNPq, como para o sistema do Capes. Os anúncios serão feitos pelo presidente Lula. A expectativa é de que ele dê mais detalhes sobre estes reajustes.
O que já se sabe sobre os reajustes
De antemão, é possível adiantar que os alunos de iniciação científica do ensino médio serão beneficiados com 53 mil bolsas. A ideia é ” estimular jovens estudantes a se dedicar à pesquisa e à produção de ciência com auxílios que vão passar de R$ 100 para R$ 300″, diz o site oficial do Governo Federal.
O mesmo documento também indica que os alunos de iniciação científica que estão na graduação do ensino superior, terão um acréscimo de 75% na bolsa. Na prática, os valores deverão passar dos atuais R$ 400 para R$ 700, um aumento para cima da inflação registrada no ano passado.
Para a formação dos professores da educação básica, os reajustes deve variar de 40% a 75%. Hoje, estas liberações variam entre R$ 400 e R$ 1,5 mil. Para este ano de 2023, a ideia é atender pouco mais de 125,7 mil alunos da área em todo o Brasil.
A Bolsa Permanência, auxílio criado para ajudar estudantes quilombolas, indígenas e alunos em situação de vulnerabilidade social, também deve receber um reajuste. Neste caso, o percentual de elevação poderá variar entre 55% e 75%. Hoje, estas bolsas podem chegar a R$ 900 em alguns casos.
Pressão dos estudantes
Durante o final do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e início do novo mandato de Lula, alunos universitários fizeram pressão pelo pagamento de um reajuste destes auxílios.
Além disso, estes estudantes também tiveram que conviver com atrasos em dezembro do ano passado, e em fevereiro deste ano. Hoje, a informação do Ministério do Planejamento e Orçamento é de que a situação já foi normalizada.
Analistas afirmam que o pagamento destas bolsas são importantes para que os estudantes em situação de vulnerabilidade social não desistam de seus estudos e de suas pesquisas. Como o último reajuste foi há 10 anos, o valor real já foi corroído pela inflação.