O Governo Federal confirmou neste final de semana o valor médio do primeiro pagamento do Auxílio Brasil. Para quem não sabe, esse é o programa que deve substituir o Bolsa Família pelos próximos tempos. A ideia do Palácio do Planalto é fazer o primeiro repasse já no próximo dia 17 deste mês.
E o valor? De acordo com publicação no site oficial do próprio Ministério da Cidadania, o patamar inicial de pagamentos não vai ser R$ 400, como eles vinham prometendo. A ideia agora é fazer um reajuste de cerca de 17% o que levaria o programa para cerca de R$ 217 na sua primeira liberação.
Hoje, de acordo com informações do próprio Ministério da Cidadania, a atual versão do Bolsa Família está pagando uma média de R$ 189. O programa, aliás, fez seu último pagamento na última sexta-feira (29) e foi totalmente revogado ainda neste domingo (7). Pelo menos é o que se sabe até aqui.
O aumento para R$ 217 vai servir apenas para cobrir uma parte da inflação. A ideia é que ele sirva apenas para o primeiro mês de repasses. A partir de dezembro, portanto, o patamar de liberações iria de fato subir para os R$ 400. Para isso, no entanto, a MP do programa vai precisar ser aprovada pelo Congresso Nacional.
Enquanto isso não acontece, os pagamentos seguem sendo de R$ 217. Estima-se que algo em torno de 14,6 milhões de brasileiros recebam esse valor neste mês de novembro. Quem está fora do projeto vai seguir fora até, pelo menos, o próximo mês de dezembro, quando as novas vagas serão abertas.
Neste sentido, começa a surgir uma nova preocupação. Afinal, o que vai acontecer com as pessoas que não recebem nem o Bolsa Família e nem o Auxílio Emergencial? Entende-se que para esses brasileiros a situação está ainda menos favorável.
Em entrevista recente, o Ministro da Cidadania, João Roma, disse que cerca de 25 milhões de brasileiros que estavam recebendo alguma ajuda do Governo Federal em outubro deixarão de receber dinheiro em novembro.
Essa é uma situação difícil porque sabe-se que o Auxílio Emergencial está chegando ao fim justamente em um momento de aumento no custo de vida do país. Há elevações de preços no botijão de gás, na conta de luz, no combustível e até mesmo na cesta básica.
Quem não está recebendo nem o Auxílio Emergencial e nem o Bolsa Família está esperando uma chance de entrar no novo programa social. Só que não se sabe se vai ter vaga para todas essas pessoas.
Hoje, de acordo com as promessas do Governo, sabe-se que a meta é aumentar a quantidade de usuários do Bolsa Família dos atuais 14,6 milhões para cerca de 17 milhões. Se isso acontecer, muita gente que precisa do dinheiro vai acabar ficando de fora do benefício.
E dá para chegar nesta conclusão usando apenas dados fornecidos pelo próprio Governo Federal. Recentemente, o Ministro João Roma disse que o Palácio do Planalto estava procurando uma solução para essas pessoas, mas até este momento não se sabe o que poderia ser.