Segundo levantamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), criptomoedas são utilizadas em 43% das práticas criminosas de golpes financeiros, principalmente quando se trata de esquemas de pirâmides financeiras.
Na maioria das vezes, pessoas que procuram rendimentos rápidos, são as maiores vítimas desse tipo de ação fraudulenta envolvendo criptomoedas, já que são iludidas pelos juros baixos com a promessa de altos retornos e na crescente do Bitcoin (subiu 59% somente neste ano).
Confira o passo a passo criado pelo Carlos Castro, da Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar), para investidores evitarem cair em golpes relacionados às criptomoedas:
Ainda segundo a CVM, só em 2020, os crimes financeiros subiram mais de 75%. Golpes utilizando ativos digitais lideram a lista, sendo 43% dos esquemas. O WhatsApp é o maior veículo utilizado pelos criminosos para divulgarem seus golpes (27,5%), superando a divulgação boca a boca (19,7%).
Das vítimas, 91% são compostas por homens, a maioria tendo entre 30 a 40 anos (36,5%) com ensino superior completo ou pós-graduação (71%), e com uma renda familiar de dois a cinco salários mínimos (23%).
A população brasileira sofreu uma ação fraudulenta a cada 8 segundos no primeiro semestre de 2021 se considerada todas as áreas financeiras, e não somente a de criptomoedas.
De acordo com o Indicador de Tentativas de Fraude, da Serasa Experian. Foram 1,9 milhão de ataques no período, o que corresponde a um aumento de 15,6% com relação ao mesmo período de 2020 e o maior volume já registrado na história.
O levantamento trouxe pela primeira vez, os dados sobre a idade das pessoas que sofreram os ataques, identificando que esta alta foi puxada principalmente pelas ações contra pessoas de até 25 anos, cujo crescimento foi de 19,3%.
Segundo o Jaison Reis, diretor de Soluções de Identidade e Prevenção a Fraudes da Serasa Experian, o aumento das tentativas de fraude ocorrido em 2021 pode ser um reflexo da aceleração e expansão da digitalização promovida pela pandemia do coronavírus, já que com o distanciamento social imposto, o acesso à serviços onlines aumentaram significamente.
Um dos motivos que podem estar atrelados ao aumento de golpes envolvendo criptoativos, é a alta em investimentos que o setor vem demonstrando.
Uma vasta exposição é fundamental para um investidor ter um portfólio de maior sucesso e ir além de ações, fundos imobiliários e renda fixa. Na composição das carteiras, a participação de criptomoedas mostra uma forte tendência de crescimento.
Entre as criptomoedas, o Bitcoin ainda é a mais famosa, já que 96% citaram a moeda digital mais valiosa do mercado, que na última segunda-feira (9) ultrapassou a casa dos US$ 45 mil dólares. Seguida pela Litecoin (40%) e pela Ethereum (37%), que juntas correspondem as 3 criptomoedas mais conhecidas pelos entrevistados.
A pesquisa da Grimpa associa a tendência de crescimento com o constante aumento de buscas feitas por criptomoedas, revelado pelo Google Trends. O estudo faz ainda uma relação com os dados da Navegg, que são coletados a partir de cookies de navegação feitas por internautas.