O mercado de NFTs (non-fungible token, ou token não-fungível, em português) sofreu um golpe no último sábado, dia 19 de fevereiro. Cibercriminosos roubaram centenas de NFTs de usuários do OpenSea, o maior marketplace de NFTs do mundo, causando pânico em sua vasta base de usuários. Uma planilha compilada pelo serviço de segurança blockchain PeckShield registrou 254 tokens roubados ao longo do ataque, incluindo tokens Decentraland e Bored Ape Yacht Club. O ataque resultou em uma perda financeira de, ao menos, US$ 3 milhões.
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A Check Point Research (CPR), divisão de Inteligência em Ameaças da Check Point Software Technologies, uma fornecedora de soluções de cibersegurança global, analisou um artigo que o OpenSea publicou há alguns dias sobre seu planejamento de migração de contratos. Esse procedimento teria dado uma oportunidade dos cibercriminosos se aproveitarem de usuários desatentos para aplicar um golpe e roubar NFTs.
A ideia por trás dessa migração de contratos do OpenSea é abordar as listagens inativas existentes de NFTs antigos e, para isso, eles planejam atualizar para um novo contrato. Todos os usuários serão obrigados a “migrar” suas listagens no Ethereum para o novo contrato inteligente. A equipe do OpenSea deixou as instruções públicas, para ampliar a transparência.
Ao assinar a transação, uma solicitação atomicMatch_ seria enviada ao contrato do atacante, o qual ele criou um mês antes do ataque. A partir daí, o atomicMatch_ seria encaminhado para o contrato OpenSea. O atomicMath no OpenSea é responsável por todas as suas transações de confiança zero (Zero Trust). Atomic significa que a transação só ocorrerá se todos os parâmetros da transação forem atendidos. E é assim que todos os NFTs se movimentam nas contas do OpenSea.
Por isso, o cibercriminoso decidiu usar o atomicMatch para dar o golpe, pois esse tipo de solicitação é capaz de roubar todos os NFTs em uma única transação.
A Check Point explica que o fluxo do ataque é o seguinte:
A partir das transações na conta do atacante, a Check Point Research pôde ver que a carteira tem mais de US$ 3 milhões em Ethereum com a venda de alguns dos NFTs roubados.
Para manter a segurança na transação de NFTs, a Check Point recomenda: