De acordo com uma pesquisa exclusiva realizada pela ValeCard, empresa de soluções de gestão de frotas, o valor da gasolina deve iniciar o ano de 2022 com uma queda na média nacional. O resultado é positivo após quase um ano e meio de vários aumentos consecutivos.
A projeção indicada pela pesquisa aponta uma queda acumulada de 5,94%, com o combustível vendido a R$ 6,18 em março de 2022, esse é o menor índice previsto para o próximo ano. Apesar disso, a previsão é de que em abril o preço deve voltar a subir e deve atingir a maior alta no mês de setembro, batendo a casa dos R$ 6,55.
Para José Geraldo Ortigosa, CEO da ValeCard, o que influencia no preço da gasolina é a taxa de câmbio e o valor do dólar. O executivo acredita que o ano de 2022 terá mais estabilidade no mercado em relação ao ano de 2021.
“Além do equilíbrio macroeconômico para o início de 2022, nossa projeção levou em consideração a previsão do dólar e a formação do preço do combustível para o mês de janeiro, levantamentos realizados pelo Banco Central e pela Petrobrás, respectivamente”, disse Ortigosa.
José Geraldo Ortigosa ainda falou sobre a necessidade de fazer as manutenções no veículo regularmente, pois desse modo é possível evitar gastos desnecessários com gasolina. “Assim, otimizamos o rendimento do combustível e evitamos o abastecimento desnecessário. Como não conseguimos agir diretamente no câmbio e oferta, nossa estratégia é fortalecer a gestão do gasto do combustível dos usuários” disse.
Em dezembro de 2021 o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,78% menos do que o mês anterior e também do que em dezembro de 2020. Apesar disso, o IPCA fechou com a maior taxa (10,42%) desde 2015. Os itens que mais pesaram no bolso dos cidadãos brasileiros foram os combustíveis como gasolina e o gás de cozinha (GLP).
Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), no mês de dezembro os combustíveis tiveram uma alta de 3,40%. O preço médio da gasolina subiu 3,28% com o impacto de 0,21 ponto no resultado geral. Além da alta na gasolina, o IBGE analisou altas no etanol (4,54%) e óleo diesel (2,22%).
O preço do dólar e a cotação do petróleo vem ganhando mais influência no preço dos combustíveis no país desde o ano de 2016, durante o governo de Michel Temer. Isso tem ocorrido desde que a Petrobras passou a utilizar o Preço de Paridade Internacional (PPI), ou seja, o valor varia de acordo com as flutuações do mercado internacional.
O Preço de Paridade Internacional (PPI) é calculado com base no preço de aquisição do petróleo com o acréscimo de custos logísticos até o destino do produto. Esses custos logísticos incluem o frete marítimo, taxas portuárias e o transporte rodoviário e acabam influenciando no valor final da gasolina.