Gás de cozinha: descubra se preço não caiu por culpa dos governadores
Tem circulado nas redes sociais posts diversos afirmando que o preço do gás de cozinha não abaixou, mesmo depois do governo federal zerar os impostos, por culpa dos governadores.
Mas será mesmo que isso é verdade? Veja o que descobriu o Projeto Comprova, que é um trabalho colaborativo entre vários veículos de comunicação, para checagem de fatos de redes sociais e internet em geral.
O movimento é coordenado pela Abraji – Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo.
Preço do gás de cozinha não caiu por culpa dos governadores?
De acordo com o coletivo de checagem essa informação não é verdadeira. Isso porque o preço dos impostos na qual o governo Bolsonaro decidiu zerar não tem um peso significativo no valor final do gás de cozinha.
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Para se ter uma ideia, o tal “zerar impostos” representou apenas R$ 2,18 da cadeia, o que significa cerca 2,6% do preço do botijão comercializado no país.
Outra informação é que o desconto na realidade acabou sendo absorvido por outras variáveis, como, por exemplo, o próprio reajuste do preço do gás de cozinha pela Petrobras. Os dados são da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A política de preços da estatal também é influenciada pelo mercado internacional, principalmente pelo valor do dólar, que está em alta. Os preços seguem as cotações do barril de petróleo no mercado internacional.
Outro fato que influencia os preços é a taxa de câmbio. A Petrobras detém 49,5% do preço do gás de cozinha e os outros 35,8% cabem a distribuição e revenda.
Diminuir o ICMS poderia reduzir o preço do gás?
Não exatamente. A carga tributária no gás de cozinha chega a 14,2% do valor. Se fosse zerada, poderia significar uma redução de cerca de R$ 12,07. O valor seria alcançado com a alteração no Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Mesmo com se essa redução se concretizasse, não é possível afirmar com certeza que o valor mais barato do gás de cozinha chegaria ao consumidor final – nas residências.
No Maranhão, no ano passado, foi aplicada redução de 22% no ICMS, porém o preço fo gás de cozinha ficou somente R$ 2 abaixo da média nacional.
Ficamos por aqui.
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