A venda de moedas raras cresce no Brasil a cada dia que se passa. O negócio se tornou lucrativo para várias pessoas, que veem nestes itens incomuns uma chance de aumentar seu dinheiro, transformando-o em uma fonte de renda extra.
Nos últimos tempos, a popularidade do assunto cresceu e já está virando a cabeça de colecionadores, que mostram verdadeira disposição a pagarem altas quantias para adquirirem moedas incomuns.
O assunto ganha mais espaço porque, na verdade, trata-se de uma via de mão dupla. De um lado, existem pessoas interessadas em adquirir os itens, e do outro lado há pessoas que possuem os exemplares, mas não se importam em tê-los em sua posse, acreditando que vendê-los é um negócio mais lucrativo.
Assim, todos saem ganhando, já que uma das partes aumenta sua renda, enquanto a outra acrescenta um item raro ao seu acervo. Aliás, você sabe o que faz um item valer mais do que a sua representação? Confira abaixo.
Você sabe o que torna uma moeda valiosa?
Não são apenas as moedas que fazem sucesso entre os colecionadores, mas também diversas cédulas possuem valores muito altos. Isso acontece devido a características únicas destes modelos, encontradas em poucos exemplares, como:
- Moedas fabricadas para datas comemorativas;
- Modelos com erro de cunho ou fabricação;
- Poucos exemplares produzidos;
- Poucas unidades em circulação no país.
Como os colecionadores buscam itens raros e únicos, estes fatores chamam a atenção e os fazem pagar caro para terem os itens.
Veja a moeda de 50 CENTAVOS que vale R$ 1.100
No Brasil, a Casa da Moeda fabrica o dinheiro conforme os pedidos feitos pelo Banco Central (BC). Em algumas ocasiões, como datas comemorativas e momentos de celebração, o BC costuma solicitar a fabricação exclusiva e limitada de alguns exemplares. Geralmente, são estes modelos que costumam valer uma fortuna devido à sua quantidade restrita.
No entanto, existem outras características que fazem uma moeda valer mais do que elas representam. No caso da moeda de 50 centavos, um erro de fabricação elevou significativamente o seu valor para R$ 1.100.
Esse modelo tem feito sucesso no Brasil. A saber, o item possui a palavra “Brasil” deslocada, ao menos a sílaba SIL. Na verdade, a moeda tem a última sílaba duplicada, com o nome “BRASILSIL”.
Esse erro aconteceu três vezes, nos anos de 2011, 2013 e 2016. Em relação a 2011 e 2016, houve a fabricação de uma quantidade maior de moedas com esse erro, o que faz o seu valor crescer um pouco menos e chegar a R$ 100, segundo o Catálogo de Moedas com Erros de 2023.
Já as moedas fabricadas em 2013 possuem um valor ainda mais elevado, que pode chegar a R$ 1.100 devido à quantidade reduzida de exemplares.
Itens com o nome Brasil duplicado
Além disso, o catálogo também apresenta outra moeda de 50 centavos com o nome Brasil duplicado. Em suma, o nome está sobreposto a ele mesmo, ou seja, há uma duplicação de toda a palavra Brasil, em vez de isso acontecer apenas na última sílaba. O erro também pode ser encontrado em moedas de 50 centavos fabricadas em 2013.
Segundo o catálogo, o valor da moeda é bem menor que o dos itens com a sílaba SIL duplicada. Nesse caso, o valor dos modelos chega a R$ 150. Embora a moeda não valha tanto quanto a outra, ainda assim seria muito bom conseguir trocar 50 centavos por R$ 150.
Estado de conservação influencia valor dos itens
As moedas recebem algumas classificações quanto ao seu estado de conservação. O primeiro termo se chama flor de cunho, que se refere aos exemplares que não circularam, ou seja, não apresentam qualquer sinal de desgaste ou manuseio. Em outras palavras, são moedas que não possuem marcas e estão em perfeito estado de conservação. Estes são os modelos que valem mais.
Por sua vez, o estado de soberba se refere às moedas que apresentam, aproximadamente, 90% dos detalhes da cunhagem original. Em suma, os exemplares que tiveram uma pequena circulação se enquadram neste segmento.
Já a moeda muito bem conservada (MBC) se caracteriza por ter mais sinais de manuseio e uso. Os itens devem apresentar, aproximadamente, 70% dos detalhes da cunhagem original. Além disso, o seu nível de desgaste deve ser homogêneo, sem ter um local bem mais desgastado que outro.
Por fim, os interessados em vender seus exemplares podem entrar em sites especializados. Existem diversas formas para vender moedas raras, como lojas especializadas e leilões, bem como grupos de Facebook e marketplaces online (como Mercado Livre e Shopee), isso sem contar na venda direta para colecionadores.