O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (sem partido),deu a entender que poderá vetar o valor de quase R$ 6 bilhões do fundo eleitoral para as eleições 2022.
As declarações foram dadas na saída do Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, após ele ter sido internado por obstrução intestinal.
A medida foi aprovada no última quinta-feira (15) e foi alvo de críticas não só pelo valor, mas também porque muitos teve o apoio de muitos deputados da base do governo.
A liberação do fundo eleitoral foi votada junto com Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) – uma previsão de orçamento para o ano que vem.
Veja aqui como cada um dos parlamentares votaram.
Entre os partidos, em cinco deles nenhum deputado foi a favor da medida:
- PT;
- PV;
- Podemos;
- PCdoB;
- Novo.
Bolsonaro joga culpa do fundo eleitoral para parlamentar
O presidente afirmou que o deputado federal e vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), foi o responsável pela aprovação do fundo.
De acordo com ele, os parlamentares teriam votado sim para a LDO e não para os valores do fundo eleitoral – que estavam também no projeto de lei.
“Os parlamentares aprovaram a LDO. É um documento enorme, com vários anexos. Tem muita coisa lá dentro. Muitos parlamentares tentaram destacar essa questão [Fundo Eleitoral]. O responsável por aprovar isso é o Marcelo Ramos lá do Amazonas, viu presidente [Arhur Lira PP-AL]. Ele que fez isso tudo”, disse o presidente.
Ele ainda declarou que os valores não são algo normal. “Eu sigo a minha consciência, sigo a economia e a gente vai buscar um bom sinal para isso tudo aí. Afinal de contas, eu já antecipo, R$ 6 bi pra fundo eleitoral, para financiamento de campanhas, pelo amor de Deus”, afirmou.
O presidente Bolsonaro ainda afirmou que os valores do fundo eleitoral dariam, por exemplo, para recapear grande parte da malha rodoviária do país ou finalizar as obras que levam água para o Nordeste.
Marcelo Ramos responde sobre o fundo eleitoral
Após críticas, o vice-presidente da Câmara, respondeu Bolsonaro no Twitter.
“Se depender do Bolsonaro ele não é responsável por nenhuma das mais de 530 mil pessoas mortas na pandemia, nem por 15 milhões de desempregados, nem por 19 milhões de brasileiros com fome e nem mesmo pela escandalosa tentativa de roubo na compra de vacinas. Ele deveria é dizer que vai vetar, mas vai tentar arrumar alguém para responsabilizar também, porque é típico dele e dos filhos correr das suas responsabilidades e obrigações”, declarou.