A cada dia, a Internet é palco de um novo embate contra golpes envolvendo o sistema de pagamento instantâneo Pix. As fraudes se multiplicam e se reinventam constantemente, revelando a capacidade dos criminosos em desenvolver técnicas cada vez mais sofisticadas para lesar vítimas em suas transações financeiras.
Uma das formas recorrentes desse cenário perigoso é o “Golpe da mão fantasma”, que recentemente evoluiu para uma versão ainda mais complexa. No formato original desse golpe, os criminosos, com acesso remoto ao celular da vítima, realizavam a troca do destinatário da transferência de dinheiro de forma sorrateira, deixando o usuário sem perceber a alteração. Agora, o esquema ganhou uma nova dimensão, tornando-se ainda mais perigoso.
Conheça o novo “Golpe da mão fantasma”
Atualmente os golpistas recorrem à infecção de celulares com um malware bancário, manipulando os usuários por meio de uma solicitação falsa de permissão de acessibilidade, sob o pretexto de uma suposta atualização. O golpe ganha ainda mais complexidade com a implementação da técnica Automated Transfer System (ATS), que bloqueia a tela dos dispositivos durante uma transação Pix.
Este novo método representa uma ameaça considerável, pois permite que o desvio de recursos seja realizado de forma automatizada. Isso significa que não existe a necessidade do golpista estar online no momento do roubo.
Diante dessa crescente ameaça, especialistas em segurança cibernética recomendam precauções essenciais para evitar ser vítima desse tipo de golpe do Pix. É crucial baixar aplicativos apenas de fontes confiáveis, pois esta é uma das principais portas de entrada para malwares nos sistemas.
Além disso, os usuários são aconselhados a ativar a autenticação de dois fatores em todas as contas online associadas a métodos de pagamento. As autoridades alertam os usuários sobre a importância de manterem seus dispositivos atualizados, utilizarem soluções de segurança e permanecerem atentos a qualquer atividade suspeita em suas contas.
Saiba o que fazer ao cair em um golpe no Pix
Quando o usuário do Pix nota que foi vítima de um golpe virtual, algumas medidas imediatas são essenciais para minimizar os danos e tentar recuperar os recursos perdidos. A primeira ação a ser tomada é contatar imediatamente o banco ou instituição financeira envolvida, relatando o incidente de forma detalhada. Isso porque os bancos têm procedimentos específicos para lidar com casos de fraudes no Pix e podem iniciar investigações para tentar recuperar os valores.
Vale informar que o Banco Central do Brasil não lida diretamente com casos individuais de fraudes. No entanto, é aconselhável registrar o incidente, fornecendo informações detalhadas, o que pode contribuir para estatísticas e análises que auxiliam no desenvolvimento de estratégias de combate a golpes do Pix.
Registrar um boletim de ocorrência na delegacia de polícia mais próxima também é recomendável. O boletim policial é importante para documentar oficialmente o incidente e pode ser exigido por algumas instituições financeiras como parte do processo de investigação. Atualmente é possível registrar um B.O pelo site da polícia civil.
Em suma, agir rapidamente é crucial para aumentar as chances de recuperação dos valores e evitar que os criminosos continuem a cometer fraudes. Além disso, seguir as orientações do banco quanto às medidas de segurança adicionais que podem ser implementadas na conta é fundamental para prevenir incidentes futuros no Pix.