Economia

FMI eleva projeção de crescimento do PIB brasileiro em 2021

Nesta terça-feira (6), o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou atualizações nas projeções do crescimento da economia brasileira e mundial para o ano de 2021 e 2022. Para este ano o PIB brasileiro teve uma previsão de alta de 3,7%, enquanto na projeção anterior era de 2,8%.

Para o ano de 2022, as estimativas do PIB também foram aumentadas, passando de 2,6% na projeção anterior para 2,3% nessa nova. A estimativa de crescimento do PIB do Brasil ficou abaixo da projeção global, que é de 6% em 2021, e em 2022 é de 4,4%.

As novas projeções e estimativas ficaram mais otimistas do que as que foram divulgadas pelo FMI em outubro de 2020, quando o crescimento global para 2021 era estimado em 5,2% e para 2022 de 4,2%.

A projeção dos EUA é de crescimento de 6,4%, percentual igualmente visto na Espanha. Na Zona do Euro esse número é de 4,4% e na China é de 8,4%. A Índia se destaca com seus 12,5% na projeção de crescimento do país para o FMI. Países com estimativa muito próxima ao Brasil são a Rússia, com 3,8%, e também a Alemanha, com 3,6%.

Para FMI ano de 2020 poderia ter sido pior para a economia global

No ano de 2020, a projeção do FMI havia sido de 3,3% de recessão da economia global. O otimismo para o ano de 2021 se dá através da perspectiva de recuperação da pandemia, em meio ao processo de vacinação em massa de alguns países, como o próprio EUA. Além disso, a série de pacotes de estímulo nas economias, o que inclui os de Joe Biden na casa dos trilhões, também aumenta essa expectativa de crescimento.

O  Fundo Monetário Internacional (FMI) aponta que se não fossem esses estímulos, o resultado da economia poderia ter um resultado três vezes pior. Caso isso ocorresse, as dificuldades para uma retomada econômica para 2021 seriam ainda maiores, o que consequentemente atrasaria o crescimento para os demais anos subsequentes.

Países emergentes e outros efeitos da pandemia

Para os países emergentes, a média de estimativa de crescimento é de 4,6% na América Latina e Caribe, perspectiva mais otimista do que para o Brasil. Além disso, considerando os países emergentes com economias mais avançadas essa projeção é de 6,7%, mais que o dobro da projeção brasileira.

Apesar dessa perspectiva melhor para outros países, o Fundo Monetário Internacional (FMI) tem uma estimativa de crescimento para o Brasil melhor do que o próprio governo brasileiro, e também do mercado financeiro nacional, que por sua vez, projetaram uma alta de 3,2% em 2021.

Em suma, o FMI aponta ainda que a pandemia aumentou a desigualdade nas questões sobre emprego e trabalho, fazendo com que “Jovens, mulheres, trabalhadores com nível de escolaridade relativamente baixo e os empregados informais foram atingidos com mais força”. Além disso, a extrema pobreza e a subnutrição aumentaram no mundo e aumentaram 90 milhões e 80 milhões, respectivamente, durante o ano de 2020.